Em audiência, Facebook e Google rejeitam regulação das redes sociais

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Representantes da Meta e da Google negaram omissão no combate à desinformação e divulgação de conteúdos ilícitos nas redes sociais, durante audiência pública realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), nesta terça-feira (28). O encontro discute a responsabilidade das plataformas pelas publicações dos usuários.

A audiência, que continua amanhã (29), debate o Marco Civil da Internet, que não responsabiliza as big techs pelas postagens, exceto nos casos envolvendo descumprimento de decisão judicial. Ministros do STF e representantes do governo, presentes no encontro, querem a mudança da legislação, defendendo a regulação das redes sociais.

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Para o advogado da dona do Facebook, Rodrigo Ruf Martins, a alteração do artigo 19 do Marco Civil, como proposto pelas autoridades, pode gerar um aumento considerável na exclusão de conteúdos subjetivos, incluindo materiais importantes para o debate democrático. Ele disse que a companhia investe bilhões de dólares em tecnologias para cumprir as políticas de uso.

As gigantes da tecnologia negaram omissão na remoção de conteúdos ilícitos.As gigantes da tecnologia negaram omissão na remoção de conteúdos ilícitos.Fonte:  GettyImages 

Martins afirmou que a Meta removeu mais de 3 milhões de postagens no Facebook e no Instagram durante a campanha das Eleições 2022, com conteúdo violento e discurso de ódio, além de ter rejeitado 135 mil anúncios eleitorais. A empresa também alega o cumprimento imediato de “centenas de ordens judiciais”, algumas delas referentes aos atos de 8 de janeiro.

Sem esperar pelas ordens judiciais

Também presente à audiência no STF, o advogado da Google Brasil, Guilherme Sanchez, afirmou que a gigante de Mountain View não espera a chegada de uma ordem judicial para remover conteúdos que violem as normas de suas plataformas. O representante revelou ainda uma grande diferença entre as quantidades de requisições e as exclusões feitas.

No ano passado, mais de 1 milhão de vídeos foram removidos do YouTube por violar as regras contra desinformação, assédio, discursos de ódio, violência e segurança do público infantil. Em contrapartida, a big tech recebeu cerca de 1.700 pedidos para a retirada de conteúdos, em todos os seus serviços, no mesmo período.

O debate na capital federal terá ainda as participações de representantes do Twitter, ByteDance e outras empresas, além de instituições ligadas ao setor tecnológico, integrantes do governo, especialistas e entidades civis.

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