A revista Forbes publicou uma reportagem especial sobre cibersegurança na semana passada, na qual detalha um procedimento controverso que tem sido utilizado por policiais dos EUA: o uso dos dados de geolocalização do Google Maps em investigações. Chamado de “geofence”, algo como cerca geográfica em português, o arquivo fornece informações sobre todos os usuários presentes em determinada área durante certo período de tempo.
Já utilizado em investigações de incêndios criminosos e até no caso da invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro, o recurso está sendo agora demandado pela justiça americana para solucionar um caso que pode determinar a pena de morte para dois suspeitos: Shawn Burkhalter e Joshua Nesbitt, que teriam assassinado dois homens.
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O duplo assassinato, cometido em 2015, está relacionado a uma série de crimes, como tráfico de cocaína, assalto à mão armada e propina. A polícia da cidade do Missouri e os promotores do Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) tentam agora “colocar” os suspeitos na cena do crime usando as informações do Google Maps.
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
Até quando o Google guarda as informações do Maps?
De acordo com a Forbes, ainda não está claro se as evidências apresentadas pelo Google têm sido impactantes. Porém, a emissão crescente de mandados revela que as informações do serviço de pesquisa e visualização de mapas são ferramentas preciosas para o encerramento de casos complicados, como o de Kansas City.
Porém, a disponibilização de dados levanta questões de privacidade sobre quanto tempo essas informações de localização de mais de um bilhão de usuários ficarão retidas pelo Google. O próprio FBI já dá uma pista, ao afirmar no seu pedido de autorização que “o Google mantém esses registros indefinidamente para contas criadas antes de junho de 2020”.
Após contatada para comentar o assunto, a porta-voz do Google, Genevieve Park, afirmou que a empresa de tecnologia não guarda mais qualquer tipo informação sobre localização histórica por padrão.
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