Policiais usam músicas da Disney para censurar vídeos no YouTube
Oficiais americanos estão apelando para a política de direitos autorais da plataforma ao ter operações filmadas por civis

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Usar músicas com direitos autorais no YouTube, sem permissão, pode levar à exclusão do vídeo na plataforma, além de outras restrições. Baseados nesta regra, policiais dos Estados Unidos estão tocando faixas protegidas durante abordagens filmadas por civis para evitar a postagem do conteúdo, como noticiou a Vice na sexta-feira (8).
No caso citado pela publicação, ocorrido em Santa Ana, na Califórnia (Estados Unidos), um youtuber filmava a operação que investigava o roubo de carros em seu bairro. Ao ver que a ação era registrada, um dos policiais passou a tocar músicas de filmes da Disney no som da viatura, incomodando a vizinhança.
Questionado sobre o motivo de ligar o som em volume altíssimo, o oficial confirmou se tratar de um método para facilitar a violação de direitos autorais, pois o registro também inclui as canções tocadas. O vídeo, que não foi removido pelo YouTube, pode ser conferido abaixo:
Em determinado momento, um vereador de Santa Ana, acordado pelo barulho, surge em meio à operação e também indaga o policial. Após descobrir o cargo do político, o oficial se desculpa com ele e o autor da filmagem, e finalmente desliga o alto-falante.
Mais casos
Pelo Twitter, o Departamento de Polícia da cidade americana afirmou estar ciente do vídeo e dos problemas referentes a ele. No entanto, o chefe da corporação declarou que tocar músicas para evitar que operações policiais sejam postadas no YouTube não é uma prática recomendada.
De acordo com a reportagem, vários outros casos semelhantes têm sido acontecido nos EUA desde o ano passado, principalmente no território californiano. Canções de Taylor Swift e das bandas Beatles e Sublime, além de música country, são algumas das faixas tocadas nos registros.
Quando detecta música protegida por direitos autorais em um vídeo, o algoritmo do YouTube pode tirar o conteúdo do ar ou finalizar a monetização, além de adicionar um anúncio na gravação e destinar a receita para os detentores dos direitos musicais.

Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.