Em outubro deste ano, o Google anunciou que passaria a proibir anúncios em sites e vídeos que neguem as mudanças climáticas. Segundo uma pesquisa recente, no entanto, foram identificados 50 artigos que incluem mentiras sobre o aquecimento global e que ainda apresentam anúncios do Google.
A nova política da empresa proíbe “anúncios e monetização de conteúdo que contradiga o consenso científico bem estabelecido sobre a existência e as causas das mudanças climáticas”. A medida inclui anunciantes, editores e criadores do YouTube e começou a valer em 9 de novembro.
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O relatório foi realizado pelo Centro para Combate ao Ódio Digital (CCDH, sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos. Para Imran Ahmed, executivo-chefe do CCDH, “ao fazer seu anúncio inicial, o Google parece reconhecer que desempenhou um papel em tornar a negação da mudança climática um negócio lucrativo, mas ainda não deu continuidade a uma ação real”.
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)Fonte: Shutterstock
Continuaram lucrando
Em resposta para ao The Verge, o gerente de comunicações e relações-públicas do Google, Michael Aciman, disse que a empresa já revisou as páginas compartilhadas no relatório e removeu os anúncios da maioria das URLs.
No entanto, segundo um estudo publicado em novembro pela CCDH, o relatório rastreou que 70% de todas as interações com conteúdos negando as mudanças climáticas no Facebook se resumem a 10 editores. Os mesmos teriam veiculado anúncios do Google em suas plataformas, lucrando US$ 1,7 milhão em receita, cerca de R$ 9,64 milhões.
Os ativistas também criticaram o Facebook por não impedir a propagação de desinformação sobre o tema na plataforma. Ao contrário do Google, a empresa afirmou que as publicações sinalizadas eram apenas de visões políticas que o grupo não concorda e que estas não violaram suas políticas.
Fontes