Mais de 2,2 milhões de vídeos no YouTube receberam reivindicações de direitos autorais incorretas no primeiro semestre de 2021, posteriormente canceladas. É o que revela o relatório divulgado pela companhia de Mountain View na segunda-feira (6).
Essa quantidade de denúncias equivocadas, referentes ao copyright, representa menos de 1% das mais de 722 milhões de reclamações recebidas pela plataforma entre janeiro e junho. O documento informa que mais de 99% do total de queixas tiveram como origem o ID Content, algoritmo capaz de identificar possíveis violações.
O documento, intitulado Copyright Transparency Report, também aponta um baixo número de contestações em relação às denúncias feitas por meio da detecção automática, com abertura de disputa em somente 0,5% delas. Porém, as reivindicações contestadas foram resolvidas a favor dos criadores de conteúdos em 60% dos casos.
Os algoritmos são os principais responsáveis por detectar violações de direitos autorais no YouTube.Fonte: YouTube/Divulgação
De acordo com o YouTube, que promete divulgar o relatório de transparência de direitos autorais semestralmente a partir de agora, os reclamantes têm até 30 dias para analisar a disputa e decidir se sustentam ou não a denúncia. Caso não haja uma resposta, a reclamação expira após o prazo.
Youtubers reclamam do algoritmo
Embora o número de denúncias de copyright incorretas do algoritmo do YouTube seja pequeno em relação ao total de processos, a ferramenta não é vista com bons olhos pelos criadores. Como aponta o The Verge, a tecnologia vem sendo alvo de reclamação há muitos anos.
A aplicação excessiva ou injustificada de punições pode resultar no bloqueio da monetização dos vídeos denunciados, levando à perda de renda do usuário. Vale lembrar que o recurso pode identificar possíveis violações também em faixas de áudio nas gravações.
Em 2019, a CEO do YouTube Susan Wojcicki disse que a plataforma já trabalhava em uma maneira de calibrar melhor a função, mas o relatório atual mostra que a tecnologia ainda não é perfeita.