A tecnologia 5G deu seus primeiros passos no Brasil através da homologação do leilão das frequências, mas a perspectiva é de que o espectro de quinta geração responda por quase metade (49%) de todas as conexões móveis em serviço no mundo já em 2027. Ou seja, a novidade pode alcançar liderança global entre as tecnologias voltadas para redes de celulares dentro de seis anos.
A previsão faz parte da edição mais recente do tradicional Ericsson Mobility Report. A fabricante de equipamentos de telefonia sueca afirma que, de 2021 até 2027, a base mundial de 5G terá um crescimento de quase sete vezes, passando das atuais 660 milhões para 4,4 bilhões de conexões.
Citando a pandemia da covid-19 como exemplo de como as coisas mudam rapidamente, os especialistas afirmam que a implementação de uma nova infraestrutura digital é crítica para sociedade. Só que a 5G atinge um patamar no qual não apenas os consumidores finais serão beneficiados, mas também as empresas e indústrias aproveitarão os novos recursos.
Cenários para 2027
Perspectiva de assinaturas móveis (Fonte: Ericsson Mobility Report/Divulgação.)Fonte: Ericsson Mobility Report
O mundo tem hoje 180 redes 5G implantadas e funcionais. A Ericsson aposta que, daqui a seis anos, a América do Norte será a “campeã” dessa tecnologia, que deverá responder por 90% das suas conexões, contra os 20% atuais. Em seguida, virá a Europa Ocidental com 83%, e o Golfo Pérsico com 80%. No cenário previsto, as conexões móveis em 5G da América Latina chegarão a 44%, ainda assim acima das conexões 4G (39% em 2027, segundo a Ericsson).
A evolução do 5G não está acontecendo com o 4G parado. Pelo contrário: a tecnologia registrou um ganho líquido de 48 milhões de novas conexões no terceiro trimestre de 2021, totalizando 4,6 bilhões. Segundo as projeções da Ericsson, esse crescimento atingirá seu pico no final do ano, com 4,7 bilhões de conexões. A partir daí, irá decrescer até que haja, em 2027, 3,3 bilhões de conexões 4G no mundo.
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