A Winity II Telecom, uma das ganhadoras do leilão do 5G realizado ontem (4) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), não atuará da mesma forma que as operadoras convencionais. A companhia pretende “alugar” parte da faixa arrematada para outras prestadoras.
Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (5), o presidente-executivo da Winity, Sérgio Bekeierman, explicou que a empresa construirá uma nova infraestrutura para o sinal da internet móvel no país e irá disponibilizá-la às operadoras. No entanto, a arrematante ainda será dona do espectro e ficará responsável pelos compromissos associados a ele.
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O aluguel da faixa de 700 MHz adquirida pela empresa acontecerá de duas formas. A Winity oferecerá a cobertura da futura rede a ser construída, para que as teles interessadas possam alcançar locais onde não tenham sinal disponível atualmente, e também a capacidade, disponibilizando camadas adicionais de rede para evitar sobrecargas.
Muitos celulares 5G já estão à venda no Brasil.Fonte: Unsplash
Segundo Bekeierman, a adoção deste modelo permitirá maximizar o uso da faixa adquirida, aumentando o faturamento. Criada em novembro de 2020, a provedora de infraestrutura sem fio (wireless) pertence ao Pátria Investimentos, que pagou R$ 1,4 bilhão pelo lote 1 do leilão da Anatel, lance 805% acima do valor proposto inicialmente.
Rede servirá ao 4G e ao 5G
A frequência de 700 MHz arrematada pela Winity II Telecom é usada atualmente para o 4G. Aproveitando a demanda já existente, a provedora deve ter como foco inicial a tecnologia disponível no momento, antes de começar a desenvolver a infraestrutura para a quinta geração da internet móvel.
Conforme o presidente da empresa, a decisão sobre qual tipo de tecnologia utilizar (4G ou 5G) será tomada com base na procura das operadoras interessadas em alugar a rede. Ele acredita que a demanda pelo 5G aumentará em breve e afirma que a provedora estará preparada para converter o uso da rede para a nova conexão.
Em relação às contrapartidas para explorar a faixa de 700 MHz, a empresa terá que levar internet para todas as cidades sem 4G e disponibilizar a conexão em 31 mil quilômetros de estradas federais. O investimento para cumprir tais compromissos é estimado em R$ 2 bilhões.
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