Dias após o anúncio de que a plataforma OnlyFans vai banir conteúdos sexuais explícitos, o CEO e fundador da plataforma, Tim Stokely, explicou um pouco melhor os motivos que levaram a empresa a tomar uma decisão tão radical.
Em entrevista ao jornal Financial Times, Stokely confirmou que a pressão foi especialmente financeira. Entretanto, agora ele nomeou exatamente quais as instituições que mais reclamavam do conteúdo: os bancos. Além disso, o executivo explicou o que as instituições faziam para evitar qualquer relação com a marca.
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Durante os primeiros debates sobre a mudança nas políticas da plataforma, a especulação já girava em torno de questões econômicas. Entretanto, a hipótese era de que bandeiras de cartões de crédito estavam por trás da pressão — caso similar ao que aconteceu com Visa e Mastercard em 2020, quando as companhias passaram a rejeitar pagamentos em um site de vídeos eróticos.
Futuro incerto
Segundo o executivo, bancos como o Bank of New York Mellon, o Metro Bank e o J.P. Morgan Chase chegaram a recusar parcerias e transações por causa do “risco de reputação”, ou seja, manter algum tipo de relação em transações que envolvam pagamento por conteúdos adultos.
O Bank of New York Mellon chegou a rejeitar pagamentos vindos do OnlyFans, enquanto os outros dois bancos chegaram até mesmo a encerrar contas de criadores de conteúdo sexual explícito.
Novos parceiros no setor foram estabelecidos, mas os nomes não foram divulgados. As políticas mais rígidas do OnlyFans passam a valer a partir de 1º de outubro deste ano.
Fontes