O governo da Zâmbia impôs restrições ao acesso do WhatsApp durante esta quinta-feira (12), quando o país passa por eleições presidenciais e parlamentares, afirmam usuários no Twitter. Diversos provedores de internet de propriedade estatal não estão permitindo o acesso à plataforma.
A organização de monitoramento da internet Netblocks confirma os relatos e acrescenta que outras redes sociais, como Facebook, Instagram, Messenger e Twitter também foram atingidos.
?? Confirmed: WhatsApp messaging app restricted in #Zambia on election day; real-time network data show loss of service on multiple internet providers as polls get under way, corroborating widespread user reports; incident ongoing #ZambiaDecides2021
— NetBlocks (@netblocks) August 12, 2021
?? https://t.co/HZOMpYXdSX pic.twitter.com/9b2GZ87UHO
Para contornar o bloqueio, os usuários na Zâmbia estão usando serviços VPN. No entanto, ainda não se sabe se o governo vai forçar o fechamento total da internet.
Documentos que circularam durante a semana afirmam que as autoridades do país africano tinham ameaçado fechar a internet caso os zambianos “não utilizassem o ciberespaço corretamente durante as eleições deste ano”. O bloqueio deve acontecer até domingo, quando a contagem de votos deve terminar, de acordo com a revelação.
O Secretário Permanente de Serviços de Informação e Radiodifusão, Amos Malupenga, negou as informações, classificando-as como 'maliciosas'. Entretanto, o secretário afirmou que o governo não toleraria o abuso da internet e não haveria hesitação em tomar as medidas cabíveis.
Prática tem se tornado comum
Países africanos têm bloqueado acesso a redes sociais em eleições e em distúrbios sociais. (Fonte: Pixabay/Tobias Heine/Reprodução)Fonte: Pixabay/Tobias Heine/Reprodução
Os casos de paralisação da internet têm aumentado na África. Camarões, Congo, Uganda, Tanzânia, Guiné, Togo, Benin, Mali, Mauritânia enfrentaram bloqueios em mídias sociais e paralisação da internet durante as eleições. Outros países como Chade, Nigéria e Etiópia impuseram restrições semelhantes em eventos não relacionados ao período eleitoral.
Os governos argumentam que as restrições às mídias sociais e os desligamentos da Internet são realizadas para manter a segurança durante as eleições. Mas o processo prejudica a difusão de informações essenciais entre os eleitores e os veículos de comunicação dentro e fora do país.
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