Entidades pedem proibição da publicidade online 'baseada em vigilância'

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Uma coalizão formada por organizações internacionais de proteção ao consumidor divulgou uma carta, na terça-feira (22), reforçando pedidos anteriores para a proibição da “publicidade baseada em vigilância”, prática adotada principalmente pelo Facebook, segundo a aliança. O documento foi enviado aos legisladores americanos e europeus.

O grupo, também formado por organizações de direitos civis e digitais, além de especialistas em proteção de dados, pede medidas para acabar com ações que expõem os consumidores a uma “ampla vigilância online”. Eles citam um relatório do Conselho do Consumidor Norueguês (NCC), que mostra a insatisfação dos internautas com a prática.

De acordo com uma pesquisa feita pelo NCC, apenas um em cada 10 consumidores entrevistados avaliaram como positiva a coleta de informações pessoais online. Já em relação à exibição de anúncios baseados nos dados coletados, somente um em cada cinco internautas disse se tratar de um método aceitável.

A vigilância online praticada com fins publicitários ameaça os direitos do cidadão, segundo a coalizão.A vigilância online praticada com fins publicitários ameaça os direitos do cidadão, segundo a coalizão.Fonte:  NCC/Reprodução 

Para o diretor do NCC Finn Myrstad, o levantamento mostra que a maioria das pessoas não quer ser espionada nem receber publicidade baseada em rastreamento. “Esses resultados refletem pesquisas semelhantes na Europa e nos Estados Unidos, devendo ser um sinal poderoso para os legisladores em busca de uma melhor regulamentação da internet”, explicou.

Alternativas menos invasivas

Segundo Myrstad, a coleta das informações durante a navegação e a criação de perfis baseados nos dados viola o direito à privacidade e também “nos torna vulneráveis à manipulação, discriminação e fraude”. Mas a aliança internacional afirma haver modelos alternativos de publicidade digital que não são tão invasivos.

A coalizão menciona soluções como o uso de publicidade em contextos relevantes e os modelos nos quais os próprios consumidores indicam quais anúncios querem visualizar enquanto estão online. Nestes casos, os conteúdos não seriam baseados em detalhes íntimos rastreados por sites e redes sociais.

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