Mark Zuckerberg enviou uma proposta milionária ao músico e ativista Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd, para utilizar a música Another Brick in the Wall, Part 2, clássico de 1979, em uma peça publicitária relacionada ao Instagram. A resposta? "Vá se f***r. Nem f*****o”, disse Rogers, mantendo seu posicionamento em relação ao dono do Facebook já demonstrado em outras ocasiões.
Roger trouxe o assunto à tona durante evento ocorrido na última quinta-feira (10) a favor da libertação de Julian Assange – fundador do WikiLeaks preso há dois anos –, no qual compartilhou suas impressões.
"Chegou, nesta manhã, uma oferta que envolve uma imensa quantia. Só estou contando isso porque se trata de um movimento traiçoeiro deles para assumir o controle de absolutamente tudo", destacou o também compositor.
“¡Vete a la chingada!”: @rogerwaters a Mark Zuckerberg. El músico contó que le ofrecieron “una gran cantidad de dinero” por permitir el uso de Another brick in the wall II para promover Instagram. Lo narró en un acto por la libertad de Julian Assange (@Wikileaks)#VideosLaJornada pic.twitter.com/gEVqaor8Eo
— La Jornada (@lajornadaonline) June 12, 2021
Ainda segundo Waters, o objetivo por trás da tentativa de acordo, que falava sobre a canção ter uma mensagem "tão importante e tão necessária nos dias atuais", atestando quão "atemporal" é, seria "tornar o Facebook e o Instagram mais poderosos do que já são" para a manutenção da censura das pessoas reunidas ali e evitar que relatos a respeito de Assange chegassem ao grande público.
Poder de escolha
Roger não deixou de alfinetar mais uma vez Zuckerberg, sendo que em 2018, durante a turnê mundial Us + Them, já o havia criticado em seus telões, junto a outras figuras internacionais. Na época, a rede social criada por Mark foi considerada pelo artista algo ao qual as pessoas deveriam apresentar resistência.
Waters já havia criticado Zuckerberg em turnê mundial em 2018.Fonte: Reprodução/Fernando Favero/Curitiba Cult
"Como demos qualquer poder a um idiota que começou sua trajetória a partir de um 'ela é bonita, vou dar uma nota quatro, de cinco; aquela é feia, vou dar nota um, de cinco'? E aí está, um dos imbecis mais poderosos do mundo!", refletiu, se referindo ao início do Facebook, que era uma plataforma universitária para encontros entre estudantes.
"Tenho um pouco de poder, ao menos sobre o uso de minhas criações", defendeu a personalidade. "Não vou fazer parte dessa m***a", complementou.
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