Expectativas de atrasos na implementação da tecnologia no Brasil e promessas de sua chegada antecipada a determinadas regiões já fazem parte das notícias relacionadas ao 5G em território nacional, mas uma usuária do Twitter teve uma surpresa e tanto na manhã desta segunda (1). Na tela de seu iPhone, @juzao, de São Paulo, descobriu estar conectada à rede, até então, inédita.
Ao realizar um teste de velocidade, entretanto, a responsável pelo perfil na rede social notou que a taxa de download permanecia a mesma encontrada no 4G. Há, ao menos, duas teorias que podem explicar o caso.
ué meu celular tá pegando 5G?
— Joleana (@juzao) March 1, 2021
nem vacina tomei ainda ?? pic.twitter.com/RngpNgqEjF
Uma delas é que operadoras podem estar realmente testando o 5G em alguns locais, pois a Anatel, na última quinta-feira (25), aprovou o edital que define as regras para a licitação da novidade, que exigirá uma série de adaptações para a redução de conflitos com outros sistemas, como a migração de frequências de antenas parabólicas.
Por outro lado, a "culpa" do "engano" poderia estar no DSS (Dynamic Spectrum Sharing), método que se vale a infraestrutura e banda do LTE (4G) para distribuir o 5G – sem, no momento, entregá-la de fato.
— Joleana (@juzao) March 1, 2021
Expansão de capacidades
5G DSS, de acordo com Paulo Cesar Teixeira, CEO da Unidade de Consumo e PME da Claro, é "uma tecnologia viável, que entrega uma conexão mais rápida que o 4G, além de preparar o mercado para a chegada definitiva do 5G em novas frequências."
Aparelhos 5G, como o iPhone da usuária surpreendida, por sua vez, salienta o executivo, já são compatíveis com o 5G DSS – e a operadora anunciou em outubro de 2020 que estenderia o lançamento a pelo menos 12 cidades até o fim do ano em questão.
Aliás, até março de 2021, quem pretende levar o 5G DSS a mais de uma dúzia de municípios é a TIM, ainda que não tenha confirmado quais.
Por enquanto, nada de 5G no Brasil.Fonte: Reprodução
De todo modo, mesmo despertando esperanças, a indicação no smartphone da @juzao não diz respeito ao tão aguardado salto tecnológico, cuja disponibilidade efetiva ao público deve ocorrer somente "no dia D" e "na hora H".
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