Um dos maiores rótulos já criados em nossa história tem o hacker como foco principal. Geralmente associado à criminalidade digital, a palavra significa muito mais que toda a sua generalização. Embora muitos hackers tenham utilizado seu conhecimento para cometer crimes, a origem da palavra nos remete a outro comportamento.
O que é hacker?
A expressão teve sua origem na palavra inglesa “hack”, que significa cortar algo de forma grosseira ou irregular. Nos Estados Unidos, ela foi associada aos programadores de computação, que utilizavam truques e artifícios para obter um comportamento diferente do original.
Podemos dizer que um hacker é qualquer pessoa que disponibiliza uma solução inovadora para um sistema existente. Imagine que alguém descobre uma forma diferente de escrever no Word, ou então uma nova maneira de acessar a internet? Todos eles podem ser considerados hackers.
Os primeiros hackers teriam aparecido inicialmente no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) na década de 1960 e, com o passar do tempo, foram se multiplicando em diversas partes do mundo. Vale destacar que atualmente são profissionais muito requisitados.
Fonte: Pikist
Como ser um hacker?
Qualquer pessoa pode ser um hacker, mas ter uma formação voltada para a área de informática pode facilitar o processo. Profissionais de Tecnologia da Informação, Ciência e Engenharia da Computação têm uma facilidade maior para se tornarem um legítimo hacker.
Um especialista em descobrir truques ou brechas em sistemas pode trabalhar em diversas áreas, como a de engenharia de projetos, gerenciamento de riscos, desenvolvimento de softwares e em pesquisa de vulnerabilidades.
Cracker x Hacker
Na década de 1990, foi criada a expressão "cracker", para diferenciá-lo dos hackers, que utilizavam o conhecimento para o bem. Os crackers, diferentemente dos hackers, podem ser considerados criminosos. Eles utilizam seu conhecimento para invadir sistemas vulneráveis, como sistemas bancários, sites, bancos de dados e computadores.
Um dos mais conhecidos foi Adrian Lamo, que teve um documentário baseado em sua vida, chamado Hackers Wanted, narrado por Kevin Spacey. Lamo ficou marcado na história por invadir a Microsoft, Yahoo! e o New York Times e foi encontrado morto em 2018; até hoje não se sabe a causa da sua morte.
O primeiro hacker a ser preso por crimes digitais, nos Estados Unidos, foi Jonathan James. O jovem ficou conhecido por invadir os sistemas do Departamento de Defesa dos EUA e da NASA. Aos 15 anos de idade, Jonathan baixou códigos-fonte de sistemas da Estação Espacial Internacional (ISS).
Um dos grupos hackers mais conhecidos do mundo é o Anonymous, formado por pessoas desconhecidas e considerado uma organização de ativistas. Seu principal objetivo é invadir páginas na internet, derrubar servidores e até mesmo vazar dados confidenciais como forma de protesto.
Recentemente, o grupo ficou marcado por lançar uma repulsa em forma de vídeo contra o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, Estados Unidos. No Brasil, o Anonymous vazou supostos documentos de cidadãos ligados ao presidente Jair Bolsonaro, com informações dele, de sua família e de assessores.
Fonte: Pikist
Não é só de crimes que vive o mundo dos hackers. Recentemente foi criada uma iniciativa, na Universidade de São Paulo (USP), com o objetivo de identificar vulnerabilidades e recomendar correções no sistema da própria instituição. Chamado de "Hackers do Bem", o projeto conta com alunos do curso de bacharelado em Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística.
No mundo existem hackers que utilizam seu conhecimento tanto para o bem quanto para o mal. Uma verdadeira batalha digital acontece a todo instante, sem que possamos saber, e todo o cuidado é pouco para evitarmos um impacto direto em nossas vidas.
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