A plataforma de vídeos YouTube divulgou um relatório de transparência sobre a ação do serviço em moderar conteúdos publicados. O documento traz dados de clipes e comentários deletados por não seguirem as diretrizes da comunidade e as políticas da ferramenta.
De acordo com o documento, somente entre abril e junho de 2020, o YouTube removeu 11,4 milhões de conteúdos da plataforma. O Brasil foi um dos países que mais se destacaram negativamente no quesito, acumulando 981 mil vídeos e perdendo apenas para Estados Unidos e Índia. Além disso, 2 bilhões de comentários foram removidos por violação das diretrizes ou filtrados por conterem spam e 1,99 bilhão de canais saíram do ar pelos mesmos motivos.
As remoções cresceram bastante no segundo trimestre de 2020 em relação ao início do ano. O motivo, segundo a empresa, foi a alteração de algumas medidas de funcionamento desses mecanismos. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a força de trabalho humano do YouTube foi reduzida, e recursos tecnológicos (algoritmos e filtros) acabaram ganhando mais destaque.
As remoções automatizadas cresceram no trimestre, o que pode levar a mais falsos positivos.Fonte: YouTube
E as máquinas tiveram trabalho: mais de 10,8 milhões de vídeos foram apagados pela detecção automatizada. Denúncias de usuários, revisores humanos e parcerias com ONGs e agências governamentais foram outras origens de eliminação.
E os motivos?
O documento aponta que segurança infantil (33,5%) é o motivo mais comum que leva à remoção de um vídeo. O YouTube tem se preocupado bastante com o tema, até por já ter sido multado por má condução no setor. Spam, conteúdo enganoso e golpes (28,3%), nudez ou conteúdo sexual (14,6%), conteúdo violento ou explícito (10,6%) e promoção de violência e extremismo violento (8,1%) são outras categorias mais presentes.
O YouTube garante que 42% dos clipes barrados foram eliminados da plataforma antes mesmo de terem alguma visualização, enquanto 33,7% saíram do ar antes de acumularem dez cliques.
O relatório completo e em português pode ser conferido na página dedicada da Google.