Testes de velocidade de conexão conduzidos pela ferramenta da Ookla, com base nos Estados Unidos, revelaram que usuários beta da internet fornecida por satélites Starlink conseguiram de 11 a 60 Mbps de download, enquanto o upload oscilou entre 5 e 11 Mbps. Realizadas também durante as últimas duas semanas, as análises mostraram latências ou taxas de ping variando de 31 ms a 94 ms.
De acordo com a empresa, este não é um estudo abrangente e seus resultados não significam que tais valores serão encontrados com a implantação total da constelação de dispositivos, no momento de disponibilidade comercial. As informações vieram de 11 usuários anônimos, que postaram seus desempenhos com a solução da SpaceX no Reddit. Devido a contratos de confidencialidade, estes são os únicos dados a respeito do assunto. Confira abaixo.
Velocidades de conexões Starlink postadas por usuários anônimos do Reddit.Fonte: Ars Technica
Nem tanto o céu, mas nem tanto a terra
Tendo lançado cerca de 600 satélites e com permissão da Comissão Federal de Comunicações dos EUA para cerca de 12 mil, a SpaceX, em 2016, anunciou que, "uma vez totalmente otimizado por meio da implantação final, o sistema será capaz de fornecer alta largura de banda (até 1 Gbps por usuário) e serviços de banda larga de baixa latência para consumidores e empresas nos Estados Unidos e em todo o mundo." A meta, portanto, parece distante, por enquanto.
Elon Musk, CEO da companhia, afirma que "o objetivo é a latência abaixo de 20 milissegundos, para que alguém possa jogar em um nível competitivo." Isso, em tese, é possível, considerando que os satélites operam em órbitas baixas da Terra, de 540 km a 570 km, e podem ser capazes de apresentar latência muito menor do que os geoestacionários, que orbitam a cerca de 35 mil quilômetros.
A FCC estipula um limite de 100 ms, o que mostra que, ainda que não esteja nada perto do almejado, as conexões da Starlink estão no mesmo nível de algumas das camadas de velocidade de cabo mais baixas – e melhores que oferecidas por muitos serviços DSL.
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