Usuários do TikTok encontraram a saída para continuar a compartilhar seus vídeos: a busca por Virtual Private Network (Rede Privada Virtual, ou VPN) explodiu no Google Trends depois que o presidente americano Donald Trump anunciou as medidas de restrições contra a ByteDance, controladora do aplicativo.
Usuários em outros países cujos governos ameaçam banir o TikTok também já começaram a se mexer. A ExpressVPN, uma das mais populares VPNs do planeta, registrou um salto no tráfego da web em seus servidores. Na Índia, ele subiu 22%; em Hong Kong, o salto foi de 10% – mesmo índice que os EUA vem registrando a cada semana, depois das ameaças de Trump. O mesmo movimento foi observado no Japão e na Austrália, países onde o aplicativo também corre o risco de ser bloqueado: 19% e 41% a mais de tráfego, respectivamente.
O aplicativo deixou Hong Kong em junho, depois da promulgação da nova lei de segurança nacional.Fonte: TikTok/Reprodução
“Estamos vendo um número crescente de governos tentando controlar as informações que seus cidadãos podem acessar", disse ao site TechCrunch o vice-presidente da empresa, Harold Li.
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O uso de VPN pode não ser uma solução para os membros da diáspora chinesa nos EUA. O WeChat, plataforma de mensagens da recém-banida Tencent, é a única maneira instantânea de os imigrantes entrarem em contato com família e amigos, já que apps e plataformas ocidentais estão indisponíveis na China.
Governos expulsando aplicativos é preocupação crescente na web. A NordVPN, uma das líderes do segmento, afirmou em comunicado que "aumentos súbitos [no tráfego] estão se tornando a nova norma à medida que países em todo o mundo impõem mais e mais proibições, banimentos e restrições à internet”.
Em entrevista ao TechCrunch, o fundador do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, lamentou que “o movimento dos EUA contra o TikTok está estabelecendo um precedente perigoso que pode acabar com a Internet como uma rede verdadeiramente global (ou o que resta dela).”
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