Neste final de semana, mais precisamente no sábado (30 de maio), os usuários que buscaram pelo termo “AirPods” na Amazon britânica puderam visualizar listagens de produtos que usavam miniaturas com uma mensagem de racismo. O fato foi reportado pela Reuters, após a palavra AirPods se tornar tendência no Twitter do Reino Unido.
Quando a notícia da agência foi publicada, as miniaturas já tinham sido excluídas, e, ao que tudo indica, o incidente foi local, ou seja, não afetou o site da Amazon em outros países.
Umas das publicações no Twitter, foi a do músico Benjamin Teacher, que pode ser vista logo abaixo:
*SOUND ON*
— Benjamin Teacher (@benjaminteacher) May 30, 2020
Saw Airpods trending. Saw why. Searched it for myself.
WTAF @amazon @JeffBezos ?
What kind of racist scumcunt would do this?
Beyond fucking garbage.
Fuck those that did it, allowed it, contributed to it and think this is ok.
Cunts.#Airpods #Amazon #racism pic.twitter.com/bb0A90cBjH
Amazon não deu detalhes sobre o incidente
Questionada sobre o problema, que ocorreu em meio a uma onda de protestos em algumas cidades do mundo, devido à morte de um cidadão afro-americano, por um policial branco, nos EUA, a Amazon não deu muitos detalhes e minimizou sua responsabilidade sobre o monitoramento da plataforma.
"Nossa loja mantém diretrizes de conteúdo que os vendedores externos devem seguir", disse o porta-voz da companhia. "Assim que esse problema foi levantado, investigamos, removemos as imagens em questão e agimos contra o mau ator".
Basicamente, a empresa disse que possui regras para seus vendedores parceiros, e, caso eles não as sigam, poderão, além de outras punições, perder o direito de vender seus produtos por meio da loja.
O porta-voz, contudo, não respondeu se a companhia havia identificado o criminoso, nem como resolveu puni-lo. Também não foi informado por quanto tempo as miniaturas racistas ficaram no ar.
Parece que a Amazon não tem muito controle sobre esse tipo de abuso, e que é possível que coisas desse tipo venham a ocorrer posteriormente.
O TecMundo reprova qualquer ato de racismo e simpatiza com as causas que lutam pela igualdade de direitos para cidadãos negros, LGBTQ+, mulheres e outras minorias. Como veículo de comunicação, entendemos que é nosso dever dar visibilidade, dentro do nosso escopo editorial, a parcelas da população que, mesmo em 2020, precisam se expor e se posicionar pelo simples direito à sobrevivência. Na NZN, nossa empresa-mãe, diversidade é um dos valores institucionais, e acreditamos que é através disso que conseguimos cultivar a criatividade. A diferença deve nos unir, jamais nos separar. Vidas negras importam.
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