Nesta quinta-feira (12) é comemorado o Dia Mundial Contra a Cibercensura, data que foi criada em 2009 com o objetivo de conscientizar sobre a importância da liberdade de expressão online. A iniciativa é da ONG Reporters Without Borders (Repórteres Sem Fronteiras), instituição fundada em 1985, na França, voltada para a defesa da liberdade de imprensa e pelos direitos dos cidadãos de se expressarem livremente na web.
A ONG publicou em seu site uma lista atualizada, nesta terça-feira (10), com as principais empresas e agências governamentais responsáveis por censurar informações divulgadas online por cidadãos. Essas instituições em especial, apelidadas de "predadores" ou "inimigos da internet", teriam espionado e perturbado jornalistas, impedindo que estes obtivessem informações importantes.
Entre os países citados estão Estados Unidos, México, Rússia, Espanha, Índia, Irã, China, Cuba, Venezuela e Coreia do Norte. Em seu site, a ONG informa que o Brasil é o mais violento da América Latina em relação à mídia, destacando que repórteres são frequentemente ameaçados, agredidos e até mortos durante o exercício da profissão. Na maioria desses casos, segundo a ONG, eles estão cobrindo casos de corrupção política ou de crimes organizados em médias e pequenas cidades.
Além disso, o texto também cita as eleições presidenciais de 2018 como um divisor de águas para a intensificação da cibercensura no país. Diante desses fatores, o Brasil foi rebaixado no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, saindo do 102º lugar (referente a 2018) e indo para a 105ª posição.