A Administração do Ciberespaço da China, instituição oficial que regula a internet no país, emitiu um comunicado na última semana com recomendações que devem ser adotadas pelas operadoras que atuam em território nacional.
Basicamente, o órgão lista uma série de conteúdos que podem e que não podem ser encontrados pelos usuários — ou seja, amplia o controle sobre o acesso à internet na China. Desta vez, entretanto, a ideia não é banir completamente sites e serviços como Twitter e Facebook, mas sim esconder certas páginas e dar preferência a outras.
Segundo o site XinhuaNet, a ideia é também proibir plataformas de exibirem conteúdos que coloquem em perigo a segurança nacional, ciberbulltying, segredos de estado, deepfakes, fake news, fofocas, escândalos, notícias com títulos sensacionalistas e "outras atividades ilegais". O comunicado recomenda que as operadoras parem de reproduzir, publicar e copiar esse tipo de produção.
Controle absoluto
Na teoria, banir esse tipo de publicação não é exatamente algo ruim. Entretanto, as entrelinhas do documento deixam bem explícito que essa é mais uma forma de censura da política local. Isso porque é solicitado que, a partir de um algoritmo, as empresas privilegiem a exibição de "conteúdos positivos" e com as "características da cultura chinesa" — em outras palavras, apenas materiais aprovados para circulação, que e favoráveis à administração de Xi Jinping serão tolerados.
O governo sugere ainda o aumento no controle de registro de novos usuários em plataformas e serviços. As medidas começam a valer a partir de 1º de março de 2020.
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