A Google vai fazer uma série de mudanças em relação aos anúncios políticos de campanhas eleitorais veiculados em seu buscador, no YouTube e também em sites de terceiros, por meio da plataforma Google Ads, a partir de janeiro de 2020. As alterações foram divulgadas no blog oficial da companhia, na última quarta-feira (20).
Uma das modificações anunciadas no post assinado pelo vice-presidente de Gerenciamento de Produtos e Anúncios da Google Scott Spencer é a proibição de que os anúncios eleitorais identifiquem seu público-alvo entre os internautas com base nas preferências políticas obtidas a partir das pesquisas nas páginas da empresa.
De acordo com Spencer, a busca por alvos para os anúncios nas plataformas da companhia de Mountain View será limitada às categorias de idade, sexo e localização via código postal, assim como já acontece nas campanhas veiculadas na TV, no rádio e na mídia impressa.
Além disso, a Gigante das Buscas também começará a restringir campanhas de desinformação e banirá as deepfakes (montagens com fotos e vídeos) em anúncios. Outra mudança é a proibição de anúncios que possam prejudicar a participação ou a confiança nos processos eleitorais.
Mudanças no Google devem afetar as eleições 2020
As mudanças que vão começar a ser implementadas pela Google em seus serviços devem afetar as eleições programadas para 2020 em várias partes do mundo, como nos Estados Unidos, onde haverá votação para presidente no mês de novembro, e no Brasil, que terá eleições municipais em outubro.
No entanto, ainda em 2019 já será possível ter uma amostra do impacto das restrições. É que antes de desativar a capacidade de segmentar eleitores por afiliação política em todo o mundo a partir de janeiro, a Google removerá o recurso no Reino Unido na próxima semana, visando às eleições gerais que acontecem em 12 de dezembro para a escolha do novo Parlamento.