Segundo o Instituto de Jornalismo Investigativo do Oriente Médio (MEMRI), grupos terroristas estão utilizando canais do Telegram para solicitar financiamento em criptomoedas como forma de doações. Facções como ISIS, Al Qaeda, HAMAS e Estado Islâmico estão invadindo serviços públicos do aplicativo russo para convencer diversos usuários a "contribuírem com a Resistência Islâmica", preocupando desenvolvedores, a comunidade virtual e, principalmente, as autoridades competentes.
Utilizando-se da criptografia do aplicativo de mensagens e da dificuldade no rastreio de suas comunicações por conta de sua rede relativamente segura, grupos organizados estão infiltrados para adquirir Bitcoins, a criptomoeda mais valorizada do mercado digital, que conta com uma impressionante previsão, segundo market cap, de custar em média US$ 45.272 em 5 anos.
O CEO do Telegram, Pavel Durov, já começa a esboçar suas primeiras preocupações sobre o futuro da empresa, que, como mencionado no relatório do MEMRI, tinha expectativa de ainda em 2019 lançar sua própria criptomoeda, conhecida como Gram. De acordo com matéria publicada no site português PplWare, "A integração do Gram na própria plataforma pode simplificar esse fluxo de doações e o financiamento para ataques". É um cenário bastante preocupante.
É correto ressaltar que, por questões de termos de privacidade e publicidade de aplicativos gratuitos de mensagens, pode haver brechas em tais permissões para usuários usufruírem do serviço de forma errônea e até mesmo criminosa. Sobre o caso, o Telegram optou por manter silêncio, talvez para abafar pontos mais burocráticos, como a fiscalização.
Ao mesmo tempo, cabe também ao governo buscar métodos mais objetivos para conter tais ataques, já sabendo que o simples banimento do aplicativo não fará desaparecerem os vários tipos de abusos virtuais.
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