Após informações veiculadas pelo jornal Estado de São Paulo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nota negando que irá intervir na Oi. Segundo o presidente do órgão, Leonardo de Morais, a solução para a empresa deve ser conseguida via mercado. Além disso, foi negado uma possível caducidade da concessão de telefonia fixa.
A Oi, empresa de telecomunicações fixas, móveis, internet e televisão, apresenta problemas financeiros há anos. Ela está em sendo acompanhada pela Anatel desde 2014. Em 2016, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, passando também a ser acompanhada pela justiça.
No entanto, mesmo com esse acompanhamento, a empresa tem sofrido prejuízos recorrentes. Recentemente, foi divulgado o balancete do segundo trimestre com um prejuízo de R$ 1.6 bilhão. No total, o endividamento da companhia chega em 25,5%, com montante final de R$ 12,5 bilhões. O último resultado foi atribuído a uma queda de 8,2% das receitas e de 5,4% dos assinantes.
Operações da Oi estariam garantidas até fevereiro
A matéria, veiculada no Estado de S. Paulo, divulgou que teve acesso a um relatório no qual a empresa afirmava só ter dinheiro para manter a atuação até fevereiro de 2020. A maior preocupação do governo seria um possível cancelamento do serviço de telefonia fixa.
O jornal afirmou que o órgão do governo, após a divulgação do balancete, iria decidir pela intervenção na empresa. Além disso, seria decretado a caducidade na telefonia fixa. Após a veiculação dessas informações, Morais publicou nota em que desmente os dados apresentados pelo Estado.
Em nota, o presidente reforça a importância da empresa no cenário nacional de telefonia móvel, fixa, internet banda larga e TV por assinatura. Para Morais, a Oi e outras companhias, "posicionam-se entre as maiores provedoras de infraestrutura do setor de telecomunicações, essencial para a integralidade do sistema nacional.".
A empresa não comentou nenhuma das informações veiculadas.
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