Quem usa o Instagram, Facebook e demais redes sociais atualmente para interagir com suas fotos tiradas em sensores de celulares de última geração talvez não conheça o Flogão. Mas, para muitos jovens, era a maneira mais divertida de conversar em comunidade com fãs dos mais variados assuntos — tudo com imagens, claro.
No auge, o Flogão chegava a ter mais de 25 milhões de acessos mensais e 7 milhões de contas ativas
A plataforma nasceu em 2004, pelas mãos do carioca Cristiano Costa, para ser um rival do Fotolog e logo foi adotado pela crescente rebanho de fãs de emo e do game Tibia — aliás, era bem comum a galera se comunicar com seus próprios dialetos, inspirados no movimento musical e na maneira com que os jogadores falavam no multiplayer RPG.
No auge, em 2007 e 2008, o Flogão chegou a acumular mais de 25 milhões de acessos mensais, com cerca de 7 milhões de perfis — veja bem, na época, o total de internautas brasileiros somava 32 milhões de pessoas. Vale lembrar também que muitas das fotos eram tiradas por câmeras vagabundas ou pela própria webcam, o que resultava em coisas, digamos, “rústicas” e com vocação própria para humor involuntário.
Fonte: Elefantecw/Reprodução
Mas, com a chegada dos smartphones e outras redes, o Flogão, com um layout ultrapassado, começou a ver uma debandada. Seu criador, após parceria que não deu certo com a Power.com, em negociação que envolveu a firma de investimentos Draper Fisher Jurvetson, manteve-se no anonimato e a plataforma praticamente se manteve sem inovações.
Ultimamente, seus acessos se limitavam às postagens sobre caminhões, ônibus, pipas, religião e, claro, Tíbia. Agora, a mensagem que podemos ver ao visitá-lo é: “o Flogão sairá do ar oficialmente dia 24 de junho de 2019” e “chegou a hora de dizer adeus… foi uma longa jornada.”
Fonte: Flogão/Reprodução
E você, vai sentir falta do Flogão?
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