Não há dúvidas que um dos avanços mais esperado no mercado da tecnologia nos últimos anos é a chegada do 5G. Os primeiros smartphones funcionando com a quinta geração de internet móvel serão lançados no começo de abril e alguns países já começam a operar em novas faixas. Algumas empresas têm aproveitado essa expectativa para capitalizar seus serviços em campanhas de marketing e a AT&T foi acusada de entregar seu “5G Evolution” com velocidade menor do que 4G.
A realidade é que os concorrentes oferecem serviços mais rápidos, corretamente rotulados como 4G
Um novo estudo feito pela empresa especializada em mapeamento de cobertura sem fio OpenSignal constatou que a performance do “5G E” da AT&T é ligeiramente melhor que aos serviços de 4G da Verizon e da T-Mobile — mas ainda bem distante do que deveria ser 5G. O indicador 5G E simplesmente permite que os clientes saibam quando seu dispositivo está em uma área onde velocidades até duas vezes mais rápidas que a LTE padrão estão disponíveis. A realidade é que os concorrentes oferecem serviços mais rápidos, corretamente rotulados como 4G.
A concorrente Sprint já havia acionado a AT&T na Justiça norte-americana justamente por maquiar seu serviço e a AT&T se defende dizendo que sua campanha deixa claro que se trata de “um passo evolucionário rumo a padrões baseados em 5G” e não o 5G propriamente dito.
Fonte: OpenSignal
“Analisando os dados da Opensignal, os usuários da AT&T com smartphones 5G E recebem uma experiência melhor do que os usuários da AT&T com modelos menos capazes, por exemplo aqueles com uma categoria LTE abaixo de 16. Mas os usuários da AT&T com um smartphone 5G E recebem velocidade similar aos usuários de outras operadoras com os mesmos modelos de smartphones que a AT&T chama de 5G E. As velocidades de 5G E que os usuários da AT&T experimentam são velocidades típicas de 4G e não a melhoria que o 5G promete”, diz, em comunicado.
Vale lembrar que aqui no Brasil houve acusação semelhante, com a Claro notificada pelo Procon devido a propaganda enganosa com o “4.5G” — segundo o órgão, o “5” divulgado na publicidade é um pouco maior e o “4” estilizado nem parece um número, o que pode confundir os consumidores.
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