A plataforma de financiamento contínuo Patreon mudou o seu sistema de cobrança e lançou novos planos para artistas e criadores de conteúdo que vão aderir à sua plataforma. A alteração foi anunciada pelo próprio site de crowdfunding e promete abrir caminho para concorrência com gigantes, como o YouTube e Facebook. Anteriormente, a Patreon oferecia apenas um plano a seus membros, de modo que deveriam pagar a taxa única de 5% sobre o valor recebido de apoiadores. Agora, ela conta com três modalidades de planos: Lite, Pro e Premium.
Essas opções, entretanto, não devem afetar quem já é usuário da plataforma ou vai se cadastrar antes de as mudanças entrarem em vigor, a partir de maio. Mas caso queiram fazer um upgrade para ter acesso a novos benefícios, serão cobrados outros encargos.
O primeiro plano, mais básico, mantém a porcentagem de 5% e fornece uma página de financiamento, workshops e ferramentas básicas de comunicação com o público. No segundo, é descontado 8% – para antigos membros, 5% – sobre o valor recebido e tem benefícios adicionais, como aplicativos de análise e integração ilimitada de ferramentas. Já no terceiro, é cobrada a taxa de 12% – quem já é membro paga 9% – sobre os patrocínios recebidos e oferece suporte para grandes campanhas, com serviço de envio de mercadorias e gestão dedicada.
Fonte: Patreon.
Quanto aos pagamentos processados pela plataforma, haverá dois tipos de cobrança de taxa. Dessa forma, doações de até 3 dólares terão desconto de 5% e 10 centavos adicionais por pagamento; valores acima disso terão cobrança de 2,9% mais 30 centavos por montante recebido. Doações via PayPal fora dos Estados Unidos ainda terão uma taxa extra de 1%. Membros antigos continuarão pagando a taxa fixa de 5%.
A Patreon garante que essas novidades foram pensadas para que a plataforma de financiamento coletivo possa investir em novos recursos e serviços para quem opta por utilizá-la. Em 2017, a empresa havia feito algumas mudanças em suas tarifas que não agradaram à sua comunidade, pois os custos operacionais eram direcionados para os patrocinadores, que deparavam-se com cobranças inesperadas de taxas.
O Facebook recentemente lançou um sistema de assinatura pago para grupos, em troca de vantagens exclusivas. Já o YouTube destaca-se como plataforma de vídeos que gera renda por meio de anúncios a produtores de conteúdo. A Patreon tem artistas como grande parte de seus usuários e deseja ir tão além quanto essas plataformas.
Serviços de crowdfunding têm sido cada vez mais usado por esse público no Brasil, como forma de sustentar ou rentabilizar seus trabalhos. Mesmo com mais de 100 mil membros, a Patreon ainda não é tão conhecida por aqui, sendo as plataformas nacionais, como Apoia.se e Catarse, mais conhecidas no país.
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