A essa altura você deve estar ciente sobre os questionamentos feitos por autoridades, principalmente pela primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, sobre a transmissão e os compartilhamentos do vídeo feito pelo atirador que matou 50 pessoas e deixou outras 50 feridas em uma mesquita. Agora, tanto seu país como a vizinha Austrália decidiram bloquear o 4chan e o 8chan por permitir a livre disseminação desse material.
O Facebook removeu cerca de 1,5 milhão de vídeos do ataque na rede social
O Facebook, a Google, o YouTube e o Twitter, mais citados no dia do massacre, até se esforçaram bastante, mas o terrorista conseguiu mostrar a barbárie em tempo real durante 17 minutos e esse conteúdo se espalhou de forma muito ampla e rápida. Embora essas empresas tenham conseguido remover grande parte das postagens, o 4chan e o 8chan, que possuem moderações consideradas mais “flexíveis”, continuaram aceitando a troca de arquivos sobre o assunto.
Embora uma boa parcela dos usuários do 4chan e do 8chan tenham achado a restrição um tanto controversa e arbitrária, todas as operadoras que participam desse banimento tem uma opinião semelhante. A Vodafone Australia, a Telstra e a Optus, na Austrália; e a Spark, a Vodafone, a Vocus e a 2degrees, na Nova Zelândia; acreditam se tratar de uma razão especial, que excede um pouco às regras convencionais por se tratar de uma ação necessário em um momento de urgência.
Na Nova Zelândia, o cerco é maior e quem compartilha os vídeos estão sendo presos — vale destacar que por lá as proteções de liberdade de expressão não são tão amplas como nos Estados Unidos. O ban do 4chan e do 8chan é temporário e ambos devem ser liberados “quando os vídeos do ataque forem removidos”. Ou seja, não há previsão de quando essa restrição deva acabar.
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