Trocar bilhetinhos em sala de aula sempre foi um hábito de muitos. Na escola tradicional, onde todos se organizavam em filas, com lugares marcados ou não, a prática era bastante fácil e rendia confusões com professores e pais. Atualmente, com tablets, computadores e smartphones substituindo cadernos e livros, a comunicação entre alunos foi modernizada.
O Google Docs, ferramenta online para edição de documentos, possui recursos pensados para trabalhos coletivos, como compartilhamento de texto, edição simultânea e adição de comentários. Estudantes, no entanto, criaram um novo uso para a ferramenta: a troca de mensagens em sala de aula — e seus métodos são bem inteligentes.
Embora exista um chat, não é por ele que se comunicam. Segundo relatos de adolescentes ao site The Atlantic, o próprio documento proporciona a troca de mensagens. Durante o diálogo, os estudantes se identificam com fontes, tamanhos e cores diferentes; quando em situações “arriscadas”, optam por utilizar os comentários da plataforma, que são facilmente retirados da tela com o botão “Resolver”.
Pais não podem evitar
É comum que pais e responsáveis proíbam ou supervisionem o uso de smartphones e computadores. Contudo, o aumento da popularidade do Google Docs para fins alternativos demonstra que tais medidas não são eficientes.
Mesmo controlados, adolescentes sempre conseguem descobrir novos modos para se comunicar ou conseguir acesso àquilo que é popular. Exemplo disso é o uso do Google Slides para assistir a vídeos do YouTube, método que contorna firewalls escolares.
A Google agradece
Recentemente, a Google encerrou uma de suas tentativas para se inserir no mercado de mensageiros, o Allo. O serviço buscava reunir as utilidades de um mensageiro e do Google Assistant. O uso do Docs para a troca de mensagens, embora não seja seu objetivo, pode servir para idealizar novos projetos da companhia.
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