Em 2018, a Google teria pago à Apple cerca de US$ 9,5 bilhões para continuar sendo mecanismo de busca do Safari. Com isso, mais de 20% da receita dos serviços da Apple nesse ano são originados do chamado TAC – “Traffic Acquisition Costs” ou “Custos de Aquisição de Tráfego” –, que consiste no valor pago por motores de busca para empresas online que direcionam o tráfego de consumidores para seus sites. A informação foi publicada em um relatório de Rod Hall, analista da Goldman Sachs, empresa especializada em análises do mercado financeiro.
A “parceria”, por enquanto, representa vantagens para ambas as companhias. Isso porque usuários do iOS podem usar ferramentas da Google e continuar gerando parte do seu tráfego. Já no caso da Apple, isso também eleva seu potencial de vendas, uma vez que seus produtos e serviços têm mais chances de serem encontrados.
Fonte: Reprodução/Apple
Hall aponta que o montante pago deve ainda aumentar nos próximos 2 anos: US$ 12,2 bilhões, em 2020, e US$ 15,6 bilhões, em 2021. No geral, só os negócios de serviços da Apple – como App Store, iCloud e Apple Music – geraram o lucro de US$ 37 bilhões em 2018. Com as vendas do iPhone despencando, esse é um ponto que deve ganhar mais atenção da companhia e de seus investidores.
Embora esses números pareçam muito animadores, Hall indica que a tendência é de que a TAC possa sofrer uma desaceleração futura. Segundo o analista, para compensar essa queda, seria interessante a Apple criar um serviço de assinatura, que ele chamou de “Apple Prime”. O pacote poderia incluir vídeos exclusivos, revistas e armazenamento online. Seu conselho é que isso aconteça o quanto antes – por exemplo, no final de março.
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