A Google foi acusada de agir nos bastidores para limitar a capacidade de organização dos trabalhadores. Segundo reportagem do site estadunidense Bloomberg, a empresa solicitou à Comissão Nacional de Relações de Trabalho (NLRB, na sigla original) que permitisse às companhias proibirem os seus funcionários de se organizarem usando o email profissional.
Uma decisão de 2014 da NLRB proíbe as empresas de imporem tal limitação aos seus trabalhadores, mas a Google fez solicitações em maio de 2017 e em novembro de 2018 para que a medida fosse revista, destaca a publicação.
Na medida de cinco anos atrás, conhecida como Purple Communications, três membros da comissão defenderam que o email profissional é “um espaço de encontro natural”, especialmente para trabalhadores espalhados em um território muito amplo. Dois outros membros afirmaram, porém, que há uma série de outras ferramentas de comunicação disponíveis para os funcionários de uma empresa se comunicarem, mas foram votos vencidos.
Defesas e críticas
A Google comentou as denúncias e afirmou não estar “fazendo lobby para a mudança de qualquer lei”, mas apenas buscando “defesa legal” para si.
Os organizadores de uma paralisação de funcionários da Google defenderam, em comunicado, que a empresa age de uma maneira publicamente e de outra nos bastidores.
“Em um email para todos da Google, Sundar [Pichai, o presidente da empresa] nos garantiu que ele e a liderança da Google apoiam a paralisação. Mas os pedidos da companhia ao NLRB contam uma história diferente”, registram. “Se essas proteções forem revogadas, a Google será cúmplice da limitação não apenas de nossos direitos, mas dos direitos de todos os trabalhadores nos Estados Unidos”, conclui o grupo.