Muita gente foi pega de surpresa ontem (3) após uma reportagem do Wall Street Journal afirmar que desenvolvedores de aplicativos para o Gmail têm acesso às mensagens da caixa de entrada dos usuários do email da Google. Depois da polêmica gerada pela divulgação dessa informação, a Google tratou de explicar como tudo isso funciona para tentar acalmar os seus clientes.
A companhia afirmou que ninguém na Google lê os seus emails e ainda levantou alguns pontos interessantes. O principal deles é o fato de que o usuário precisa autorizar para que um aplicativo de terceiros tenha acesso às informações do Gmail.
“Antes de um app que não é da Google esteja apto a acessar os seus dados, nós exibimos uma tela de permissões que mostra claramente os tipos de dados que ele pode acessar e como ele pode utilizar esses dados”, informou a empresa. “Encorajamos fortemente que você revise a tela de permissões antes de garantir acesso a qualquer aplicativo não Google”, prosseguiu.
Processo revisado
A Google garante, ainda, que todo aplicativo de terceiros que pleiteia a autorização para acessar as informações do Gmail é revisado pela companhia. Isso acontece para garantir que tais apps façam exatamente aquilo que prometem e tenham acesso apenas a dados relevantes para o seu propósito. A empresa informa que esse processo de revisão é contínuo e é refeito mesmo após a liberação inicial de um serviço de terceiros para o Gmail.
A companhia lembra, também, que a seção Verificação de Segurança da sua conta Google está disponível para informar possível falhas de privacidade em sua conta e mostrar a quais aplicativos você cedeu acesso às informações de sua conta. A função Apps com Acesso à Conta também é capaz de mostrar que aplicativos e serviços da web têm algum tipo de permissão para verificar e reter informações pessoais suas (sempre autorizados por você, é claro).
Anúncios e Gmail
Outro ponto levantado pela Google em suas explicações sobre a privacidade do Gmail está a questão dos anúncios. A companhia garante não ler o conteúdo de suas mensagens para transformar em publicidade, sendo a grande fonte de renda do Gmail a venda do email corporativo para empresas e organizações por meio do G Suite.
A resposta rápida da Google às polêmicas levantadas com a reportagem do WSJ indica que a empresa tenta seguir (ou ao menos mostrar) um caminho diferente do Facebook, que permitiu um acesso excessivo de terceiros a dados pessoais de usuários e acabou se vendo em um grande escândalo com a Cambridge Analytica.
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