Um debate sobre classificação indicativa vai acontecer nesta quarta-feira (25). Organizado pelo Ministério da Justiça e pela Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão, a ideia é atualizar a atual política em relação ao tema no país, adianta o Globo.
Entre as novas discussões, entra em debate a classificação indicativa para vídeos exibidos em plataformas online, não apenas em cinema, videogame e TV. Isso significa que, caso seja feita a alteração, canais no YouTube terão que indicar a faixa etária "permitida" de espectadores.
Não se pode deixar os filhos soltos na rede, nem proibir. É importante mostrar outras fontes de prazer
Segundo a doutora em Educação pela Universidade de Harvard (EUA), Regina de Assis, o objetivo é levar a sociedade civil a se informar e formar opinião sobre o tema. "Os 'Zuckerbergs' da vida têm sua responsabilidade sobre o conteúdo que é apresentado para crianças do mundo inteiro. Quem cria conteúdo para crianças e adolescentes tem uma responsabilidade social", disse.
Pedro de Santi, psicanalista ouvido pelo Globo, comentou o seguinte sobre o caso: "Antes, as crianças queriam ser jogadoras de futebol ou artistas. Agora, se você perguntar a qualquer uma, a chance de ouvir 'quero ser youtuber' é alta. Os pais precisam ganhar consciência de que ver conteúdo audiovisual na internet não é igual a ver na TV. Não se pode deixar os filhos soltos na rede, nem proibir. É importante mostrar outras fontes de prazer".
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