A estatal brasileira Telebras fechou nesta segunda-feira (26) um acordo com a norte-americana Viasat, que visa a colaboração mútua em negócios envolvendo o Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1). A parceria vai permitir o uso comercial da capacidade da banda Ka, o que vai possibilitar levar conexão de internet banda larga de alta velocidade para comunidades não atendidas nos cinturões urbanos — como áreas rurais e locais remotos do Brasil.
Expectativa é de atender 50 mil entidades públicas, como escolas, postos de saúde e de fronteira
A Telebras até tentou um leilão para venda de capacidade do SGDC-1 no ano passado, mas não conseguiu muitos interessados e a uma das mais prováveis a apostar no setor, a gringa Carlsbad, discordou dos termos do edital. Assim, o “plano B” foi ativado e, apoiada pela Lei 13.303/2016, foi costurada essa união com a Viasat.
Assim, a Viasat ficará responsável por fornecer infraestrutura para implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), assim como para viabilizar os programas do governo voltados para a inclusão digital em faixas distantes dos grandes centros — a exemplo do Internet para Todos, Governo Eletrônico, Serviço de Atendimento ao Cidadão, Educação Conectada, entre outros. Em contrapartida, o grupo estadunidense poderá comercializar a banda Ka a partir do equipamento espacial, a aproximadamente 58 Gbps, com serviços para empresas, mercado de aviação civil e WiFi para residências sem cobertura.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações vai desembolsar R$ 663 milhões e essa conectividade deve chegar a 50 mil entidades públicas, como escolas, postos de saúde e da fronteira, entre outras. São esperados R$ 3,3 bilhões em receitas revertidas pela Viasat, nos próximos anos. Os componentes devem chegar ao Brasil nos próximos dias e a expectativa é de que o projeto seja ativado em abril.
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