Quando se fala de conexão mobile de alto desempenho, é o 5G quem domina as rodas de conversas há algum tempo. Pudera, já que a velocidade superior e a baixa latência desse tipo de rede pode ser uma habilitadora para uma infinidade de outras tecnologias, de dispositivos IoT a carros autônomos – um setor vive de transmitir e receber uma tonelada de informações a todo o momento. A previsão é que, até 2020, o 5G esteja maduro o suficiente para o consumo em massa. Mas, ao que tudo indica, não no Brasil.
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De acordo com um artigo do TeleSíntese, as chances são que o mercado brasileiro (mais uma vez) fique bastante para trás nessa revolução mobile. O quão para trás? Bem, para Alberto Paradisi, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento do CpQD, o recurso só deve se popularizar por aqui em meados de 2030. Sim, dez anos depois que o protocolo for oficialmente liberado ao redor do globo.
A explicação dele é simples: não adianta haver um padrão disponível se ele não for acompanhado da infraestrutura adequada e de um bom modelo de negócios. “O 4G foi lançado há dez anos, e no Brasil ele ainda não ultrapassou 40% da base existente”, lembra Paradisi.
Como a conversa rolou em uma audiência pública realizada no Senado Federal na última terça-feira (21), outros assuntos relativos ao mundo da tecnologia também foram trazidos à tona. A alta tributação sobre o setor de Internet das Coisas, por exemplo, foi um deles, assim como a relação da ética às decisões feitas por sistemas de inteligência artificial.
Para o cidadão comum, no entanto, o atraso do 5G pode ser mesmo uma preocupação mais imediata. Será que vai demorar tanto assim para termos um acesso fácil a esse tipo de conexão ou se trata apenas de uma análise pessimista da situação? As operadoras vão ter que repensar seus modelos de cobrança e consumo de dados nessa nova realidade? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.
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