A Netflix até faz vista grossa para uma prática bastante comum no Brasil, que é o compartilhamento de senhas para vários usuários, muitos dos quais não pagam pelo serviço. Mas a presença de seu conteúdo — principalmente originais, como House of Cards e Stranger Things, entre outros — em diversos sites e programas ilegais vem deixando a Gigante do Streaming decepcionada. Por isso, a companhia vem procurando por um profissional para preencher o cargo de “Copyright and Content Protection Coordinator” (ou “Coordenador de Proteção de Conteúdo e Direitos Autorais”).
Além de novas táticas e tecnologias, coordenador terá que realizar também a varredura mais comum em redes sociais e plataformas de busca
Somente nesta temporada, a plataforma pediu mais de um milhão de exclusões de material não autorizado encontrado nas buscas da Google. Isso já faz parte da divisão interna que trata do assunto e agora essa seção terá mais um posto. De acordo com a descrição, a pessoa escolhida terá o papel de apoiar estratégias internas para reduzir pirataria para um nível que não seja considerado tão agressivo como é atualmente — é fácil, por exemplo, encontrar torrents ou até mesmo exibição online de séries que acabaram de estrear.
Além de novas táticas e tecnologias, essa nova coordenação deve realizar a varredura padrão. “Escaneamento diário no Facebook, YouTube, Twitter, Periscope, busca da Google, busca do Bing, VK, DailyMotion e todas as outras plataformas (inclusive as ao vivo) usadas para pirataria”, lista a empresa em suas exigências para o cargo.
Parcerias
Para completar, será preciso aliar esse monitoramento com o trabalho realizado com parceiros como a Alliance for Creativity and Entertainment (Alianças pela Criatividade e Entretenimento) e outros. As responsabilidades incluem “aliar-se com nossos fornecedores em solicitações de remoção manual de sites de ligação, hospedagem e coleta de dados, sites de transmissão piratas e de armazenamento digital e plataformas usenet".
A investida coincide, claro, com o aumento de produções próprias da Netflix, que vai custar mais de US$ 7 bilhões no próximo ano . Uma batalha que outros grandes grupos da mídia vêm travando há tempos e agora tem o apoio do serviço de streaming.