A Netflix está do nosso lado na revolta contra a internet limitada, que testou os nossos nervos alguns meses atrás, gerou o movimento “Internet sem Limites” e culminou no desligamento de João Rezende, que era presidente da Anatel. O serviço de streaming não necessariamente se referiu a esse caso, mas exprimiu sua opinião com relação ao limite de dados no uso da internet. Na opinião da empresa, isso deveria ser “ilegal” e representa “uma ameaça no jeito de fazer negócios”.
Se as pessoas têm de pagar a mais para navegar pela internet, usufruir de conteúdos de streaming e realizar outras atividades conectadas, o propósito “não parece ser legítimo”, na visão da companhia, que não poupou críticas ao modelo em nota enviada ao FCC.
Limite de dados é uma ferramenta ineficiente de gerenciamento de rede
“Limite de dados em internets fixas não parecem servir um propósito legítimo; é uma ferramenta ineficiente de gerenciamento de rede. Um limite ou quantidade de 300 GB de dados por mês ou mais é exigido apenas para atender às necessidades de televisão via internet de um americano comum. Um espectador acima da média, por exemplo, ou uma família inteira ou um consumidor querendo assistir em 4K exigem muito mais”, declarou a empresa.
Lá fora, operadoras como Comcast e TWC são as “vilãs” desse cenário – mais ou menos como a Vivo é aqui –, pois oferecem um teto de 1 TB. Quantidade que, atualmente, pode até ser generosa, mas está sujeita a se tornar “inadequada” no futuro, segundo a Netflix.
Era de se esperar que o serviço de streaming mais consolidado do planeta tivesse esse posicionamento. Pronuncie-se mais vezes, Netflix, para que esse falho modelo de negócios seja cada vez mais pressionado. O TecMundo sempre deixou claro sua posição contra essas medidas, que ferem os princípios da internet e abusam do bolso do consumidor, especialmente no Brasil. Converse sobre o assunto conosco na seção destinada aos comentários, logo abaixo.
Fontes
Categorias