Um relatório divulgado pela Speedtest Brasil, empresa responsável pelo teste de velocidade da Ookla, aponta que a velocidade média da internet fixa no Brasil aumentou 8% entre junho de 2015 e o mesmo mês deste ano.
Segundo as informações divulgadas com base em 14.648.230 medições realizadas em várias localidades do país, a velocidade média da internet fixa em terras tupiniquins passou a ser de 16,53 Mbps. Apesar da melhoria, nosso país ainda ocupa a 80ª posição no ranking global de internet fixa.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Apesar da melhoria, nosso país ainda ocupa a 80ª posição no ranking global de internet fixa
Já no que diz respeito às conexões móveis, houve a menção de que a melhora foi de 37%, com conexões apresentando velocidade média de 11,31Mbps – e esse resultado nos põe na 71ª colocação do ranking global.
E onde estão as conexões mais rápidas?
O levantamento também conseguiu mapear as áreas onde podemos encontrar as conexões mais rápidas. Após analisar 13 cidades (sendo 12 delas capitais), foi observado que a internet fixa mais veloz é a de São Paulo, com 28,84 Mbps. Na sequência, podemos encontrar Curitiba, Brasília e Campinas, com médias de 24,22 Mbps, 20,60 Mbps e 19,82 Mbps, respectivamente.
A melhor velocidade média de internet fixa está em São Paulo
Também houve a menção de que três grupos dominam 85% do mercado de internet fixa no Brasil (TIM, Oi e Vivo), e apenas em Manaus a internet fixa mais rápida não está sob o controle de uma dessas companhias; por lá, os melhores resultados foram obtidos pela AXXESS.
Empresas com maiores alcances de internet fixa
Já no que diz respeito à internet móvel, Claro, Vivo, Oi, TIM e Nextel tiveram, respectivamente, os melhores resultados com a modalidade 4G (aliás, com exceção da Nextel, as outras quatro empresas são detentoras de 98% das conexões no país). A TIM é a operadora com a maior cobertura, abraçando 443 cidades e 52% da população do país, enquanto Claro, Oi e Vivo podem ser encontradas em menos de 200 cidades cada, ficando com um alcance entre 45% e 48% da população.
Divisão de mercado de internet móvel entre as operadoras
E quanto à receptividade?
Se por um lado podemos comemorar os resultados obtidos com as velocidades médias de conexão, o mesmo não pode ser dito das possibilidades de melhoras ou mesmo de ampliação das ofertas de serviço.
Segundo um estudo feito pela empresa de consultoria Teleco, as capitais brasileiras não estão na lista de lugares mais amigáveis a essas manobras. Se no que diz respeito à média de velocidade fixa São Paulo é a líder, ela vai parar na 91ª colocação no quesito melhorias de infraestrutura, especialmente quando observamos problemas como a falta de clareza no processo de aprovação de pedido de instalação de estações, bem como a proibição de instalação de ERB (sigla para Estação Rádio Base) em áreas como cadeias, hospitais, escolas e outros.
Se por um lado podemos comemorar os resultados obtidos com as velocidades médias de conexão, o mesmo não pode ser dito das possibilidades de melhorias ou mesmo de ampliação das ofertas de serviço
Já Belo Horizonte aparece na 98ª posição, sendo a capital mais mal-posicionada no ranking – e isso está relacionado a leis restritivas e vários outros detalhes que complicam as tentativas de melhoria. Curitiba, por sua vez, aparece em 16º lugar e é a melhor das capitais para a realização de investimentos do gênero.
Se a essa altura você está curioso para saber quais são os locais mais favoráveis para a implementação de melhorias para internet, eis a lista: Uberlândia (MG), Cascavel (PR), São José dos Pinhais (PR), Várzea Grande (MG) e São Luís (MA). A última, aliás, conta com uma lei que facilita a implementação de infraestrutura de banda larga na cidade, o que a ajudou a ocupar uma colocação mais alta.
Fontes