Um estudo realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), um órgão das Nações Unidas (ONU), constatou que 53% da população mundial ainda não possuem acesso à internet. Trocando em miúdos, significa que 3,9 bilhões de pessoas globo afora não fazem parte da grande rede.
Também segundo o relatório, a maioria dos conectados (2,5 bilhões) está localizada nos países em desenvolvimento; internautas oriundos de países desenvolvidos agora correspondem a 1 bilhão dos usuários online. No quesito penetração de internet, porém, a história é outra: 81% correspondem aos em países desenvolvidos; nos países em desenvolvimento, essa taxa chega aos 40%. Em média, 15% da população dos países subdesenvolvidos têm acesso à web.
Rumo a uma verdadeira comunidade global
“O acesso às tecnologias de informação e de comunicação, particularmente à banda larga, tem o potencial de servir como um grande acelerador para a Agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030”, observa Houlin Zhao, secretário-geral da UIT. “A interconectividade global está rapidamente em expansão, mas precisamos fazer mais para que possamos acabar com essa dívida digital, trazendo [para a internet] mais da metade da população global que não está usando a rede”.
Curiosidade: gráfico independente de 2012 monitorou o tráfego de 420 mil dispositivos durante 24h.
Cerca de 7 milhões de pessoas (95% da população global) vivem em regiões cobertas pelo menos por um sinal de internet móvel básico 2G – delas, 4 bilhões podem ter acesso a alguma rede 4G. Espera-se que, até o final de 2016, o total de 3,6 bilhões de assinaturas deverá ser registrado (em 2015 foram 3,2 bilhões de contas mobile assinadas).
Um dos aspectos que pode contribuir no aumento das assinaturas é o barateamento das franquias: ainda neste ano, espera-se que 12 a cada 100 habitantes tenham pleno acesso à internet pelo menos através de plataformas móveis. No entanto, 3,9 bilhões de pessoas ainda não estarão conectadas até o início de 2017.
Mais homens conectados
Há ainda mais homens conectados que mulheres em todas as regiões do mundo. De acordo com o estudo, o uso global da internet indica uma diferença média de 12% entre ambos os gêneros (em 2013, essa taxa era de 11%). Com base na penetração da rede na Europa, por exemplo, 82% dos usuários são homens e 76,3% são mulheres. Na África, a proporção fica em 28,4% e 21,9%, respectivamente.
Gráfico mostra a diferença por gênero de acesso à internet.
Em países desenvolvidos, no entanto, a diferença de acesso à rede com base em gêneros vem caindo – nos últimos anos, a taxa foi de 5,8% para 2,8%. Infelizmente o cenário não é o mesmo para os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, pois a diferença entre homens e mulheres conectados ainda é crescente – de 15,8% para 16,8% e 29,95 para 30,9%, respectivamente.
Usuários online
A Europa conta com 79,1% de pessoas conectadas. Em segundo lugar está a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), com 66,6% de internautas. As Américas ficaram com o bronze, registrando 65% do total de cidadãos online. Em último lugar aparece a África, com apenas 25,1% de sua população conectada.
Velocidade
Três a cada quatro internautas dos países desenvolvidos possuem conexão com velocidades superiores a 10 Mbps. Nos países em desenvolvimento, duas em cada quatro pessoas têm esse tipo de rede. Nos países em desenvolvimento, apenas 7 de cada 100 usuários conseguem emplacar uma conexão à velocidade igual ou maior que 10 megabits por segundo.
Na Coreia do Sul, toda a população tem acesse a uma internet com velocidade igual ou superior a 10 Mbps.
Um PDF com todos os dados coletados pela ITU pode ser conferido aqui, em inglês.
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