Para que uma determinada funcionalidade da página seja habilitada, muitos sites, ao serem visitados, pedem para que o usuário instale um Controle ActiveX. Alguns usuários acabam autorizando a instalação desses arquivos sem nem mesmo saber para que eles servem e sem avaliar os riscos que podem estar trazendo para o computador.
O ActiveX foi criado para que componentes de softwares pudessem ser reutilizados posteriormente, independente da linguagem em que foram programados. Assim, um desenvolvedor poderia usar um ou mais desses componentes para incorporar as funcionalidades deles a um software.
A tecnologia foi criada em 1996 pela Microsoft, como parte do desenvolvimento das tecnologias Component Object Model (COM) e Object Linking and Embedding (OLE), esta última responsável pela possibilidade de inserção de uma planilha do Excel dentro de um documento do Word, por exemplo.
Já os Controles ActiveX são pequenos programas de extensão OCX, que também são chamados de complementos. Esses arquivos podem ser incorporados em websites para permitir recursos extras ao navegador web, como coletar dados do usuário, reproduzir determinados vídeos ou simplesmente exibir uma animação.
De maneira muito simplista, podemos comparar os Controles ActiveX com os applets Java, já que ambos são pequenos programas que o navegador baixa e executa para o usuário. Entretanto, eles possuem diferenças significativas. Os applets Java funcionam, praticamente, em todas as plataformas: Linux, Mac ou Windows, independentemente do navegador web. Já os Controles ActiveX, oficialmente só funcionam no Internet Explorer e em ambiente Windows.
Além disso, existe uma diferença mais preocupante entre os dois: ao contrário dos applets Java, os Controles ActiveX, depois de carregados pelo browser, têm acesso irrestrito a qualquer aspecto do sistema operacional e do hardware do computador.
Na época do Windows 95, por exemplo, existiam uma famosa página que fazia o computador equipado com o sistema desligar ao acessada. Claro que a tecnologia foi aperfeiçoada e hoje existem recursos de segurança usados tanto pelo navegador quanto pelos desenvolvedores, como a assinatura digital de pacotes de instalação e uma lista negra de Controles hostis conhecidos.
Porém, ainda existe a possibilidade de o computador ser infectado por vírus ou outras pragas virtuais. Mas não se preocupe. Existem algumas dicas que você pode seguir para minimizar essa ameaça.
Use com sabedoria!
Se existe uma regra de ouro neste caso, ela deveria ser: execute os Controles ActiveX apenas em último caso. E, mesmo assim, certifique-se antes que o complemento vem de uma fonte segura.
Uma boa prática ao encontrar uma página que exige a instalação desses arquivos é tentar abri-la em outro navegador para a internet, como o Mozilla Firefox, Google Chrome ou Opera, opções que podem ser baixadas gratuitamente aqui mesmo, no Baixaki.
Caso a página funcione normalmente em um desses navegadores, é sinal de que o Controle não era tão essencial assim para o funcionamento dela e você se livrou da tarefa de ter que instalar e executar um arquivo desconhecido.
Se a página não funcionou bem e a instalação do complemento é mesmo necessária, verifique com atenção a procedência e a funcionalidade do arquivo. Primeiro leve em consideração as referências do site que você está visitando. Se for o site oficial de alguma instituição ou empresa, como o da própria Microsoft, por exemplo, podemos assumir que a página é confiável.
Outro ponto a ser analisado é a funcionalidade do Controle ActiveX que você está prestes a instalar. O website que armazena o arquivo deve sempre informar ao usuário para que serve o complemento. Essa mensagem é exibida pelo Internet Explorer no aviso que pede a confirmação da instalação e execução do Controle, mecanismo que impede que uma aplicação seja instalada sem o seu consentimento.
Se as informações e a utilidade do complemento parecem confiáveis, é hora de prosseguir com a instalação. No aviso, selecione a opção “Permitir”. Caso a instalação não fosse necessária ou desejada pelo usuário, bastaria clicar no botão de fechar no canto do aviso, em forma de X.
Além disso, uma janela com o nome do arquivo e da empresa responsável por ele será exibida para o usuário antes de prosseguir com a instalação propriamente dita. Essa é uma boa oportunidade de pesquisar por esses termos nos mecanismos de busca, como o Google, para verificar se existe algum problema conhecido com eles. Caso tudo pareça normal, clique em “Instalar” para prosseguir com o processo de instalação e visualizar a página normalmente.
Complementos instalados
Através do menu Ferramentas > Gerenciar Complementos, o usuário pode visualizar quais Controles ActiveX estão instalados no computador e, se necessário, desabilitá-los. Para isso, basta selecionar o complemento desejado e, ao clicar com o botão direito sobre ele, executar a opção “Desabilitar”.
E o Firefox?
Quem precisa acessar sites com Controles ActiveX e prefere usar o Mozilla Firefox como navegador, pode experimentar alguns plugins que possibilitam a execução desse tipo de arquivo pelo navegador de código aberto.
Entre os mais famosos estão o FF ActiveX Host e o Mozilla ActiveX Project. Porém, antes de continuar, lembre-se de que, oficialmente, os Controles ActiveX são suportados apenas pelo Internet Explorer e sistemas Windows. Portanto, erros e outras falhas podem ocorrer ao usar esses complementos em um ambiente não oficial.
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