(Fonte da imagem: Reprodução/Microsoft)
Em nome da privacidade, a Microsoft anunciou em junho que o Internet Explorer 10 teria a opção “Do Not Track” ativada por padrão, sem a necessidade de interferência do usuário. A função, também chamada de DNT, desabilita todo tipo de rastreamento no sites visitados, impedindo, por exemplo, a coleta de dados de acesso e a exibição de publicidade direcionada.
Tudo muito legal. O problema é que a decisão de ter o DNT como padrão causou a ira de organizações que representam agências de publicidade – o recurso romperia acordos comerciais e iria contra normas do congresso dos Estados Unidos – e gerou até mesmo uma alteração no código do Apache HTTP Server, que suporta boa parte das páginas disponíveis na internet.
Agora, páginas que utilizam o sistema vão ignorar solenemente o DNT ativado por padrão no Internet Explorer 10. Para fazer com que o sistema funcione de verdade, os usuários deverão acessar as configurações de sistema e deliberadamente escolher a navegação anônima. A atualização é capaz de reconhecer essa atitude e colocá-la em prática.
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Privacidade do jeito "errado"
De acordo com Roy Fielding, autor do padrão Do Not Track e também do patch para o Apache, a ideia de ter a função ativada como padrão vai contra o princípio de privacidade para o qual o DNT foi criado. Para ele, a função protege os usuários que quiserem ser protegidos, enquanto outros preferem ter sua navegação personalizada. O desenvolvedor afirma que cabe a quem navega escolher a opção, e não às empresas de software.
Fontes: The Verge, CNET
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