Embora novas tecnologias, em geral, acabem criando um cenário onde gigantes do setor – e algumas pequenas com ótimas ideias – disputam a tapa a chance de monetizar em cima dessas descobertas, algumas delas podem exigir um tipo de esforço em conjunto para deslancharem de modo mais completo. Pelo menos, essa é a percepção de Eric Schmidt, CEO da Alphabet, que acredita que o mercado de inteligência artificial (IA) só tem a crescer com a união entre os que andam investindo em projetos na área.
O chefão da holding que gerencia a Google falou sobre o assunto em uma conferência realizada na última segunda-feira (11), em Nova York. Para ele, o recurso está destinado a nos ajudar a resolver uma série de problemas e questões que, hoje em dia, são preocupações reais para o futuro próximo, como mudanças climáticas, desenvolvimento humano e revoluções na educação. A ideia é que a IA possa analisar uma quantidade grande de dados e fazer relações de causa e efeito que, de outra forma, levariam muito mais tempo para serem desvendadas.
Se aprofundando mais no tema, o executivo explicou também que a tecnologia pode ser usada de forma comercial para criar sistemas e experiências personalizadas para seus consumidores, brincando que quer muito que haja sua versão Eric – ele mesmo, de carne e osso – e um possível Não-Eric, responsável por ser seu assistente virtual. Apesar do cenário próspero e das perspectivas favoráveis à funcionalidade, o homem de confiança de Larry Page e Sergey Brin, só acredita que isso possa ser conquistado com colaboração entre todos.
“Cada um dos avanços ocorridos [na área de tecnologia] aconteceram porque pessoas inteligentes se juntaram em uma sala e, eventualmente, padronizaram suas empreitadas”, analisou o Schmidt, falando em como essa visão tem feito a Google trabalhar incansavelmente para desenvolver esse tipo de plataformas. O relato é uma “cutucada” sutil no Facebook e em seu criador, Mark Zuckerberg, que também está bastante envolvido com IA e tem como resolução de Ano Novo construir sua própria versão de Jarvis, de Homem de Ferro.
Mesmo para quem não está tão por dentro do setor, dá para imaginar que uma união entre grandes nomes envolvidos com a tecnologia, como Google, Facebook, Microsoft e tantas outras marcas possa acelerar consideravelmente o refinamento da inteligência artificial. Assim, resta torcer para que os apelos do CEO sejam ouvidos e que possamos ter, muito em breve, soluções sobe medida para elementos como superpopulação e aquecimento global. Ou uma IA para ajudar nas tarefas de casa, mesmo. O que vier primeiro, certo?
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