Esqueça os veículos de guerra e exoesqueletos para soldados. A mais nova aposta da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) é um projeto que planeja ensinar robôs a tocarem jazz. A pesquisa está sendo dirigida por Kelland Thomas, músico e cientista da computação da Universidade do Arizona.
A ideia de Thomas é “encher” uma inteligência artificial com um banco de dados formado por milhares de transcrições de músicas compostas pelos melhores improvisadores de jazz do mundo, como Louis Armstrong, Miles Davis e Charlie Parker. A partir dessas referências, a equipe do pesquisador usará a técnica de deep learning (aprendizagem profunda) para fazer com que a I.A. consiga criar suas próprias improvisações analisando tal material.
Em entrevista ao site Tech Insider, Thomas ressalta que o experimento não fugirá muito do que acontece com o cérebro humano. “Um músico constrói uma base de conhecimento ao ouvir, estudar e praticar [musica]. O que estamos propondo é uma analogia ao jeito que o ser humano aprende, mas em uma escala muito maior”, comenta. Pela originalidade e utilidade científica de seu projeto, Thomas conseguiu com que a DARPA investisse na pesquisa.
Um robô mais humano
E se você estiver se perguntando qual é a utilidade de fazer com que robôs aprendam jazz, a resposta é simples. Para Thomas, é importante fazer com que computadores sejam tão criativos quanto os humanos, já que isso fará com que nosso relacionamento com as máquinas seja aprimorado com o passar do tempo.
“Para mim, jazz e músicas improvisadas representam o pináculo da intelectualidade humana”, afirma. O cientista acredita que, em até cinco anos, robôs poderão dividir palcos com músicos “de carne e osso” e improvisar normalmente ao lado deles.
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