Uma startup canadense chamada Lyrebird revelou na última semana uma tecnologia que já foi retratada em vários filmes de espionagem e ficção científica, mas agora chega ao mundo real. Trata-se de um algoritmo que permite a uma máquina escutar áudios de uma determinada pessoa e, em pouco tempo e sem tanto material assim, imitar com uma precisão incrível o tom de voz desse humano.
Em resumo, quem adquirir a tecnologia consegue gerar diálogos inteiros entre mais de uma pessoa usando apenas o computador e falas inventadas. O algoritmo precisa apenas de um minuto de gravação de uma pessoa falando para estudar e copiar a fala.
A ideia da Lyrebird é oferecer a tecnologia de inteligência artificial para o desenvolvimento de soluções de conversação sintética — seja para o desenvolvimento de audiolivros, assistentes pessoais para gadgets, uso em filmes ou jogos e até mecanismos de comunicação de pessoas com incapacidade de fala.
No áudio acima, o Lyrebird conseguiu juntar as vozes de Barack Obama, Donald Trump e Hillary Clinton em um diálogo sobre o aplicativo. Note como a voz do atual presidente dos Estados Unidos está especialmente (e assustadoramente) realista.
E o perigo de falsificar?
Com a revelação dessa novidade, muita gente ficou empolgada com as usabilidades, mas claro que veio a pergunta: e se alguém usar isso com más intenções? A Lyrebird avisa que entende os potenciais perigos de liberar uma API que permita a cópia da voz de uma pessoa.
Alertar o mundo sobre os perigos da gravação falsa é justamente um dos objetivos da startup
Em seu comunicado, a empresa afirma que "quer chamar atenção para a falta de evidência que a gravação em áudio de alguém pode representar no futuro próximo", já que esse tipo de prova tem sido bastante usado em tribunais e pode ser alterado, especialmente a partir de agora.
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