A evolução do armazenamento de músicas [infográfico]

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Não é de hoje que a música é uma das formas de arte mais inspiradoras. As diferentes combinações de melodias e letras têm o poder de despertar em nós as mais variadas emoções, como alegria, tristeza, saudade, nostalgia, paixão, entre outras.

Embora o ato de fazer música seja milenar, o homem só conseguiu desenvolver tecnologias para armazená-las e reproduzi-las há “pouco tempo”. No infográfico acima, você confere uma linha temporal com o surgimento das mídias que serviram para guardar e executar canções. Agora, vamos explicar cada uma delas com mais detalhes.

Cilindro fonográfico – 1877

O cilindro fonográfico foi a primeira mídia que obteve sucesso na gravação e reprodução sonora. A tecnologia era usada no fonógrafo, sendo ambos os dispositivos inventados por Thomas Edison em 1877.

O maior problema dos cilindros fonográficos era a sua durabilidade. As primeiras amostras eram feitas de folha de estanho e podiam ser reproduzidos apenas 3 ou 4 vezes. Apesar de serem praticamente descartáveis, na época essa mídia abriu novas perspectivas para a indústria fonográfica.

Foto de um fonógrafo. (Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Norman Bruderhofer)

De acordo com algumas lendas, a primeira gravação feita por Edison no protótipo do seu aparelho de gravação foi a mensagem: “Mary tinha um cordeirinho”. Algum tempo depois, as folhas de estanho foram substituídas por metal ou cera na confecção dos cilindros – aumentando a durabilidade de reprodução da mídia. Embora tenha sido pensado para o registro apenas de fala, não demorou para que essa invenção fosse adotada para guardar músicas.

Disco plano (Gramofone) – 1887

Dez anos mais tarde, o alemão Emile Berliner criou o gramofone – equipamento considerado o sucessor direto do fonógrafo. A principal diferença entre essas tecnologias é que o gramofone passou a usar discos planos constituídos de cera, vinil, cobre e goma laca em vez dos cilindros de Thomas Edison.

Tendo maior resistência e uma capacidade maior para as gravações, o sucesso dos discos planos e do gramofone foi quase imediato e eles logo foram adotados pelos músicos para gravar e reproduzir as suas composições.

Disco de vinil – 1948

A indústria fonográfica viu outra revolução em suas tecnologias somente em 1948 com o surgimento dos discos de vinil, que ainda eram chamados de “Long Play”. No auge dos seus 64 anos de existência, muitas pessoas ainda preferem o som analógico dos LPs.

Produzida com um material plástico leve e flexível, essa mídia tem ranhuras espiraladas que conduzem a agulha do toca-discos – também conhecido como vitrola ou radiola. Tais sulcos microscópicos causam vibrações na agulha, as quais são transformadas em sinais elétricos que, quando amplificados, geram sons audíveis.

(Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock)

Cartucho 8-track – 1958

Popular nos EUA nas décadas de 60 e 70, essa mídia foi a pioneira em gravar conteúdos sonoros em fitas magnéticas – técnica que mais tarde originou outros mecanismos que servem para o armazenamento de dados, como os discos rígidos.

O primeiro cartucho 8-track desenvolvido para o uso comercial foi lançado em 1958 e essa mídia foi a precursora no desenvolvimento de equipamentos sonoros portáteis – embora o aparelho que a tocava não fosse tão fácil de ser transportado como os dispositivos que temos hoje.

Fita cassete – 1963

As fitas cassete (ou K7 para os mais “chegados”) são a evolução dos cartuchos 8-track, com a vantagem de serem menores. No início, devido à baixa qualidade sonora, essa mídia era usada apenas para gravação de conversas, entrevistas e palestras.

Com os reparos das falhas mecânicas e de gravação existentes nas primeiras versões da tecnologia, as fitas cassete ganharam uma enorme popularidade em todo o planeta. O auge dessa mídia foi dos anos 70 até meados da década de 90 – quando foi desbancada pelo CD.

CD – 1982

O CD, ao menos até as atuais gerações, dispensa apresentação. Essa mídia óptica foi desenvolvida especificamente para armazenar e reproduzir arquivos de áudio. A tecnologia foi criada em 1979, mas os compact discs só começaram a ser comercializados a partir de 1982. Esses discos compactos dominaram as prateleiras ao longo dos anos 90 e início dos anos 2000.

Além de quebrar paradigmas na época de seu lançamento, essa mídia foi inspiração para o desenvolvimento de outros meios de guardar conteúdos digitais, como os DVDs e os discos de Blu-ray. É fato que os CDs estão perdendo espaço com o passar dos anos e a popularização de outras mídias, mas você ainda pode encontrá-los com facilidade no mercado.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Miniaturização

MiniCD – 1990

Os miniCDs são basicamente CDs menores e com sua capacidade de armazenamento reduzida. Embora tenha sido pensada para substituir o CD com foco na portabilidade, essa mídia não vingou e pouco foi usada para a reprodução de músicas.

Atualmente, eles ainda são usados, em baixa escala, para fornecer informações ou conteúdos de suporte para equipamentos eletrônicos, como drivers de MP3 players e webcams. O primeiro player específico para esse tipo de disco foi lançado em 1990.

MiniDisc – 1992

Criado pela Sony, o MiniDisc visava transformar conteúdos analógicos em digitais a partir de equipamentos de gravação. Em suma, ele é um miniCD regravável com a intenção de guardar e reproduzir músicas.

De acordo com a empresa que a criou, essa mídia é capaz de ser regravada até 1 milhão de vezes. O MD foi anunciado pela multinacional japonesa em 1991, mas só começou a ser vendido no ano seguinte. Apesar da capacidade, a tecnologia teve grande sucesso apenas no Japão.

MP3 Player – 1998

O MP3 player chegou para revolucionar a forma como as músicas eram armazenadas e ouvidas no ano de 1998 com créditos para a empresa coreana Saehan. Ele praticamente liquidou com todas as tecnologias antecessoras por ser facilmente transportado em qualquer bolso ou mochila e pela sua longa vida útil se comparado às outras mídias existentes até então.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

O primeiro aparelho lançado tinha meros 32 MB de memória (espaço irrisório para os padrões atuais). Um ano depois, a Samsung lançava o primeiro celular com suporte para esse tipo de funcionalidade.

Memória flash

Pendrive – 2000

Embora não tenha sido criado com o intuito de ser um repositório de canções, a popularização de eletrônicos com portas USB, como PCs, TVs notebooks e aparelhos de som – inclusive automotivos –, deu aos pendrives mais uma utilidade: ser um dispositivo para o armazenamento de músicas.

As memórias flash USB começaram a ser vendidas em 2000 (tendo suas patentes registradas em 1999 pela empresa israelense M-Systems) e ofereciam míseros 8 MB de espaço para guardar dados – mesmo assim esse espaço era cinco vezes maior do que o dos disquetes.

Essa limitação inicial foi um dos principais motivos por essa mídia demorar muitos anos para ser adotado como equipamento para salvar canções. Atualmente, presenciamos a terceira geração dessa tecnologia, que disponibiliza modelos muito mais velozes e “espaçosos”.

(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)

Cartão de memória microSD – 2005

Variação desses primórdios da memória flash, o padrão microSD de cartões de memória foi usado inicialmente em celulares. Mas as suas medidas reduzidas e enorme espaço de armazenamento logo foram adotadas por outros tipos de aparelhos eletrônicos – incluindo GPS, som automotivo e câmeras digitais. Quando anunciados em 2005, os cartões dessa categoria tinham no máximo 128 MB.

Streaming

O streaming no formato que o conhecemos tomou forma no final da década de 80 e começou a se desenvolver nos anos 90, sendo que a primeira rádio online surgiu em 1994. Contudo, a infraestrutura precária e a baixa disseminação da internet nesse período fizeram que esse tipo de mídia demorasse para se popularizar.

Há aproximadamente três ou quatro anos é que o streaming ganhou força. Atualmente, existem inúmeros serviços em que você pode escutar música sem baixar nada, quando e onde estiver. Mais do que isso, você já pode assistir a filmes completos em alta definição diretamente do seu PC sem fazer o download de nenhum arquivo.

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