Existe algo mais deprimente que encontrar aquele punhado de Bombril pendurado na antena da TV do seu vizinho? Claro que sim, ao revirar as fotos antigas encontrar a própria televisão enfeitada com a palha de aço. Seja qual for o motivo, as gambiarras eletrônicas são uma maneira de dar asas à sua criatividade, elaborar soluções simples para problemas, economizar alguns trocados ou pelo menos dar boas risadas com o resultado fracassado. Conheça algumas das cenas mais clássicas e descubra se você também é adepto desta prática.
O portal Baixaki adverte: não se trata de dicas e muito menos de um tutorial! Os relatos aqui ilustrados são reais e funcionaram, por mais incrível que pareça. A menos que você deseje pôr em risco seu aparelho, e talvez sua própria vida, gambiarras como estas jamais deveriam ser feitas. Nada prestável pode sair deste monte de improviso.
A necessidade é a mãe de qualquer invenção, e como as invenções não passam de gambiarras muito bem feitas e o video game é a maior necessidade de um jovem, os games são uma das mais fontes de inspiração mais ricas. Na época dos cartuchos de plástico, os contatos deveriam apresentar boas condições para não comprometer o game, o que nem sempre ocorria. Entre assoprões "encusparados", a técnica conhecida como passar a borracha escolar sobre os contatos se destacou. O mais impressionante é que isso realmente dá certo e, acredite, ela é usada até mesmo por técnicos de informática.
A gambiarra como entretenimento
Cartuchos japoneses ou americanos? Ao invés de controle através de códigos de região, alguns consoles antigos traziam mesmo uma rudimentar trava de plástico para impedir que determinados cartuchos fossem conectados. Os mais ousados gamers eram capazes de derreter parte do seu video game para improvisar o destravamento. O tempo passa e os cartuchos ficam para trás, mas felizmente surgem as mídias óticas para renovar a lista de gambiarras. Ao invés de pagar um técnico para alinhar o canhão do console, muitos usuários acabam condenando seu Playstation a ver o mundo de cabeça para baixo. Virar o video game de pernas para o ar é uma maneira precária, mas eficaz de contornar o problema.
“Você vai riscar todos esses CDs se não guardar direito”, profetizava sua mãe. Mas um gamer não se deixa derrotar pelo destino, inúmeras foram as técnicas para tirar os riscos do disco, ou acabar de riscá-lo, afinal, já está estragado mesmo. Uma das mais famosas é a pasta de dentes com algodão. Depois de um polimento parecido com a lataria de um carro, muitas mídias foram ressuscitadas. Acredita-se que alguma substância do creme dental seja capaz de minimizar os riscos, além de deixar o CD com um hálito puro.
Muita gente não sabe, mas as primeiras pilhas recarregáveis não usavam carregadores convencionais. Qualquer pilha ou bateria podia receber nova carga após algumas horas dentro do freezer recebendo um banho de sol. O curioso é que, por mais idiota que pareça, submeter a pilha a temperaturas altas ou baixas acelera a reação química de seus compostos e resulta em um pequeno aumento de carga, além do vazamento do ácido.
Gambiarras na informática
Não é preciso ser um técnico em eletrônica para perceber que seu fone de ouvido deixou de funcionar só porque o fio arrebentou. A emenda só dá certo se os fios forem desencapados, unidos e depois isolados com um material apropriado. O durex costuma funcionar bem, além de servir como enfeite no caso de fitas coloridas, mas em casos mais graves o esparadrapo e o Band Aid também servem. Não adianta passar o Mertiolate, pois o fio arrebentado não vai cicatrizar!
Outra campeã no assunto gambiarras é a impressora. Se as folhas de texto estiverem começando a falhar, aumentar a qualidade da impressão ao máximo pode dar uma disfarçada nos caracteres mal impressos. Já se o cartucho secou pelo desuso, descansar a parte onde sai a tinta por alguns minutos sobre uma pequena camada de água quente pode remover a tinta seca do caminho. Dizem ainda que os toners são incentivados a produzir mais quando confundidos com um instrumento de percussão...
E quantos gabinetes já não passaram por verdadeiras atrocidades na mão de seus donos na hora do upgrade? Se o encaixe de alguma placa não se adéqua ao compartimento ou falta espaço para um novo cooler, um martelo ou uma serra elétrica prometem dar conta do recado. O próprio computador é um ótimo meio de promover engenhosas gambiarras, quando algum botão do mouse ou teclado deixa de funcionar, não é hora de trocar o surrado periférico: configurar outra tecla menos utilizada promete tapear o problema.
Todos sabem que o aquecimento excessivo do computador pode resultar em manutenções e, com isso, alguns custos adicionais. Melhor que gastar com equipamentos apropriados deve ser arrancar a lateral do gabinete e colocar um ventilador no lugar. Essa medida deriva de uma técnica milenar para gelar bebidas mais rapidamente, apontando um ventilador na grade do refrigerador. "Claro" que o aumento no consumo de energia não tem nada a ver com isso...
Qual sua gambiarra favorita?
Se depender da criatividade de alguns para improvisar e na mão fechada de outros na hora de comprar um aparelho novo, as gambiarras vão continuar existindo para sempre. Nenhum aparelho está livre dos problemas e não há nada de errado em prolongar sua vida útil com consciência e sem criar situações de risco. Certamente você já testou alguma dessas práticas ou mesmo conhece outros meios engenhosos para contornar um problema. Não deixe de compartilhar sua façanha com a gente, quem sabe sua gambiarra fique famosa?
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