Continuando nossa série de artigos tutoriais do GIMP, agora você vai aprender os detalhes da Ferramenta de Perspectiva. Você já deve ter visto no Baixaki que ferramentas como redimensionar, rotacionar, inclinar e perspectiva são diferentes na prática, apesar de parecerem iguais. A Ferramenta de Perspectiva é semelhante à de inclinação, mas não se engane: inclinar uma imagem significa transformar um quadro dela em um trapézio, simulando o efeito de profundidade, enquanto a ferramenta de perspectiva inclina todo o conteúdo para que você o transforme como quiser.
Esta ferramenta altera a perspectiva do conteúdo da camada ativa, de uma seleção ou de um caminho. É válido ressaltar que ela não impõe regras de perspectiva, sendo mais bem definida como uma ferramenta de distorção.
Ao clicar em uma seleção ou na imagem toda, uma moldura retangular ou uma grade é exibida (isso depende do tipo de pré-visualização definida). Em ambos os casos, basta mover qualquer um dos quatro cantos para modificar a perspectiva. Ao mesmo tempo, uma janela de informações de transformação é ativada e um círculo para movimentar o elemento é disponibilizado no centro.
Há três maneiras para acessar a ferramenta de perspectiva: pelo menu Ferramentas-Ferramentas de Transformação-Perspectiva;
através do ícone na caixa de ferramentas;
ou através da combinação Shift+P no teclado. Normalmente, assim que a Ferramenta de Perspectiva é ativada, as opções são exibidas em uma janela independente. Caso isso não aconteça, você pode acessar esta janela no menu Janelas-Diálogos de encaixe-Opções de ferramentas.
O que é possível fazer
Atente para as opções da Ferramenta de Perspectiva:
Transformar – aqui você seleciona qual elemento da imagem deve ser trabalhado, podendo ser a camada ativa, somente o contorno da seleção ou o caminho.
Direção – define o sentido ou a direção para qual uma camada é transformada. Com a opção Normal (Para frente), basta utilizar os cantos para fazer o efeito desejado. Se você usa visualização com grade, a imagem é transformada de acordo com o formato e a posição da grade. Já a opção Corretivo (Para trás) inverte a direção. Este tipo de efeito ajuda, por exemplo, para corrigir imagens digitais com erros geométricos.
Interpolação – trata-se de uma lista com diferentes opções que definem a qualidade da transformação. Sem nenhuma interpolação, a cor de cada pixel é copiada do “vizinho” mais próximo na imagem original. É o método mais rápido, mas a imagem pode ficar granulada.
Já com a interpolação linear, a cor de cada pixel é calculada como a média de cor dos quatro pixels mais próximos na imagem original. É o meio-termo entre qualidade e rapidez de aplicação. A interpolação cúbica é semelhante à linear, apenas aumentando o número de pixels utilizados para cálculo da média de cor de 4 para 8. O resultado é melhor, mas a aplicação requer mais tempo. A opção Sinc utiliza o método Lanczos, mais avançado e mais demorado, porém com melhores resultados.
Cortar – esta opção deve ser usada após a aplicação da transformação para deixar a imagem maior, sendo possível ajustar toda a camada rotacionada ao tamanho da imagem original ou então cortar tudo que excede os limites da imagem rotacionada.
Pré-visualização – diferentes possibilidades para pré-visualizar o resultado, sendo possível adicionar uma moldura, grade ou então sobrepor uma cópia da imagem.
Opacidade – nível de opacidade da pré-visualização.
Note que, ao rotacionar um caminho, as opções de pré-visualização, incluindo opacidade, não podem ser utilizadas.
Essas foram mais algumas dicas para você dominar o GIMP. Esperamos ter ajudado. Não deixe de comentar e até o próximo artigo.