Na hora de montar um espaço de entretenimento caseiro, é difícil se contentar somente com a experiência oferecida pela tela de um televisor. Um display com boas dimensões é importante, mas a espessura cada vez menor desse tipo de produto costuma resulta em uma experiência sonora aquém da oferecida pelos velhos modelos de tubo — e muito distante do que é possível testemunhar em um cinema.
Para compensar isso, é comum investir algum dinheiro extra na compra de caixas de som adicionais e outras soluções que tornam jogos, filmes e séries mais envolventes. Mesmo não estando acessíveis a todos os consumidores, home theater, receivers e soundbars se mostram cada vez mais atrativas graças à uma combinação entre preços decrescentes e novas fabricantes que exploram esse nicho de mercado.
Em um universo cada vez mais repleto de opções, pode ser um pouco difícil decidir qual desses aparelhos se adéqua melhor às suas necessidades pessoais. Conhecer ao menos o básico das características de cada tipo de produto é essencial para não gastar mais dinheiro do que necessário e para não investir em soluções que podem não ser bem aquilo que você está procurando.
Home Theater
Home Theaters se referem a uma série de equipamentos que, combinados, aprimoram a experiência sonora que você tem dentro de casa. Embora alguns considerem que a união entre duas caixas de som e um subwoofer já configura um dispositivo do tipo, atualmente o mercado é dominado por pacotes que incluem um subwoofer central e cinco a sete saídas de áudio (sistemas conhecidos como 5.1 e 7.1, respectivamente).
Ao escolher um sistema do tipo, o consumidor deve ter como objetivo principal criar um ambiente rodeado de som. Ou seja, não basta simplesmente colocar as caixas de som uma do lado da outra — é preciso espalhá-las pelo ambiente de forma a preencher espaços, o que geralmente significa passar alguns cabos por partes da sala.
Alguns home theaters ultrapassam a marca dos R$ 20 mil no Brasil
Já o subwoofer deve ser deixado em uma área central próxima ao solo, sendo o responsável pela reprodução de tons graves e por “tremer” o ambiente em cenas com mais ação. Quem tiver mais dinheiro pode optar por sistemas que usam a tecnologia Bluetooth para se conectar, mas, pelo menos no Brasil, o investimento definitivamente não está ao alcance de todos.
As caixas de som poder se conectar tanto a um receiver quanto ao próprio subwoofer, dependendo da característica do sistema escolhido. Na hora de adquirir um produto do tipo, é preciso ficar atento aos tipos de conexão oferecidos: uma maior variedade e quantidade aumenta a chances de que você possa conectar os aparelhos que tem em casa sem grandes problemas.
Em uma pesquisa rápida pela internet é possível encontrar modelos com preços que vão de R$ 160 até R$ 1.600, sendo que equipamentos especializados podem custar mais de R$ 20 mil dependendo de sua marca e características. Assim, é bom evitar compras por impulso e pesquisar bem para encontrar uma opção adequada às suas necessidades e a seu orçamento.
Receivers
Parte integrante de Home Theaters, os receivers se tratam de aparelhos especializados em receber e organizar os diferentes sinais transmitidos pelos aparelhos que você possui em casa. Na prática, ele serve como uma espécie de “intermediário” que vai determinar quais sinais são enviados para as caixas de som e para a televisão.
Um receiver dedicado amplia a quantidade de conexões que você tem à disposição
Caso você tenha dois consoles em seu balcão, por exemplo, você pode conectar os dois ao receiver que, com um simples clique de botão, vai determinar qual deles vai mandar a imagem para a TV. Um aparelho do tipo também pode ser usado para conectar aparelhos de Blu-ray ou DVD, computadores e outros dispositivos eletrônicos.
A vantagem de um produto da categoria em relação a conectar esses diferentes eletrônicos diretamente ao televisor é permitir que todos eles trabalhem de maneira integrada e rápida. Além disso, soluções do tipo ajudam a trazer mais organização para sua sala, podendo ser colocados em locais estratégicos para evitar que emaranhados de cabo fiquem à vista.
Apesar de receivers serem parte integrante de sistemas de Home Theater, quem procura uma experiência mais completa vai preferir investir em aparelhos vendidos de forma individual. Produtos adquiridos desse modo costumam oferecer uma quantidade maior de conexões, o que possibilita ao consumidor ir montando aos poucos a experiência considerada mais adequada.
Soundbars
As soundbars, conforme o nome deixa claro, se tratam de pequenas barras de som ou plataformas que devem ser instaladas abaixo da televisão. Concentrando diversas saídas de áudio em um espaço compacto, elas são especialmente atrativas para quem deseja incrementar a experiência oferecida por ambientes com dimensões físicas limitadas.
Elas são recomendadas para espaços de até 15 metros quadrados, oferecendo uma alternativa à experiência 5.1 ou 7.1 oferecida por um Home Theater convencional. Como o produto fica em uma posição fixa, as fabricantes apelam a técnicas de construção na qual o som é “rebatido” pelas paredes de sua casa como forma de passar a impressão de que eles estão sendo originados em pontos variados.
Soundbars são mais adequadas a ambientes relativamente pequenos
Já duas categorias de soundbar disponíveis no mercado: as tradicionais, em forma de barra, que podem ser instaladas, e as do tipo base, que devem ser colocadas abaixo de uma televisão. Embora isso seja um tanto raro no mercado brasileiro, algumas fabricantes oferecem subwoofers que complementam as funções de aparelhos do tipo — que, devido às suas dimensões reduzidas, costumam sacrificar certos aspectos sonoros.
Uma caixa do tipo funciona com pelo menos dois canais de áudio, o que pode gerar certas confusões com o número de altos-falantes. Uma simulação surround convincente só pode acontecer quando o modelo escolhido tem um processador de 5.1 canais, sendo que muitas fabricantes apostam em uma grande quantidade de saídas de áudio para tornar isso possível — no mercado nacional, há modelos com até 24 microfalantes.
Na hora de comprar um modelo, é bom prestar atenção a critérios como quantidades de conexão e, principalmente, à potência. É comum que fabricantes de dispositivos da categoria “escondam” certas especificações técnicas para convencer os consumidores a levar para casa aparelhos menos poderosos do que aparentam — assim, dê preferência a fabricantes que divulgam de forma clara as especificações de seus dispositivos.
Potência não é tudo
Ao escolher um dispositivo para incrementar a experiência sonora de seus filmes, jogos e séries, é preciso ficar atento à potência sonora oferecida. Esse quesito é bastante importante pois ajuda a determinar se o produto adquirido vai conseguir “preencher” totalmente um ambiente — no entanto, ele não deve ser considerado de forma única, visto que quesitos como a taxa de distorção harmônica também influenciam bastante na qualidade da reprodução.
Fique atento às características dos produtos antes de realizar uma compra
De qualquer forma, é bom ficar atento a esse quesito na hora de escolher um produto para seu ambiente. No caso de cômodos menores, normalmente 100 W são suficientes para preenchê-los totalmente, enquanto quem possui uma sala maior deve ficar atento aos modelos de 350W. Já os produtos com 1000 W ou mais são mais adequados para animar festas e espaços grandes, não sendo recomendado ficar muito perto das saídas de som durante sua utilização.
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