Há alguns dias nós recebemos aqui na redação do TecMundo o pessoal do TecLab, liderados pelo overclocker Ronaldo Buassali e também da TeraByte Shop.
Durante a visita, montamos duas máquina: uma é o mini monstro, uma máquina compacta capaz de dar conta de rodar os jogos em alta resolução em até três monitores ao mesmo tempo.
A segunda máquina é essa que vamos apresentar agora: um super PC com o que há de mais moderno em termos de hardware atualmente, incluindo duas fontes de alimentação, quatro placas de vídeo e muito poder de processamento.
Confira o hardware desse super computador:
- Processador: Intel Core i7 5960X
- Placa-mãe: ASUS Rampage V Extreme Intel X99
- Memória: Corsair Dominator 32 GB DDR4 3.200 MHz
- Armazenamento: 4 x SSD Corsair Neutron GTX 480 GB
- Placa de vídeo: 4 X GALAX GeForce GTX 980 SOC
- Fonte: 2 x Corsair AX1500i
- Cooler: Hidrocooler Corsair H105
- Gabinete: Corsair Obsidian 900D Super Tower
O preço dessa brincadeira? Quase R$ 35 mil.
Testes de desempenho
É claro que não adianta montar uma máquina dessas se não for para testar e ver o que ela é capaz de fazer. Para isso, fizemos uma série de comparações, rodando diferentes jogos com uma, duas, três e quatro placas ao mesmo tempo.
A ideia principal é ver se esse equipamento é capaz de apresentar um resultado mesmo poderoso.
Os testes foram divididos em quatro partes, sendo que em todas as vezes as configurações dos jogos foram reguladas para o mesmo nível e em todos os testes utilizamos três monitores em Full HD rodando em conjunto. Com isso, atingimos uma resolução de 5760x1080 pixels.
Todos os jogos foram configurados para o máximo de detalhes possível, incluindo filtros de textura e anti-aliasing.
Batman: Arkham Origins
Batman: Arkham Origins utiliza uma versão modificada da Unreal Engine 3 e DirectX 11 aliados a diversos efeitos especiais para garantir o visual. O game também aproveita o PhysX da NVIDIA para trazer recursos de física mais realistas.
Battlefield 4
Battlefield 4 utiliza a nova engine Frostbite 3 para trazer efeitos especiais e ambientes maiores e mais detalhados, incluindo muitas partículas, texturas de alta resolução e tessellation. Tudo isso através do DirectX 11.
Crysis 3
O motor de Crysis 3 é o CryEngine 3, que desta vez apresenta uma série de novos recursos gráficos, incluindo fumaça e luz volumétricas e vegetação e tecidos dinâmicos, além de texturas em altíssima resolução. Para que tudo isso seja possível, o game roda exclusivamente com o DirectX 11.
GRID 2
GRID 2 utiliza a engine EGO 3.0, desenvolvida pela Codemasters e presente em diversos games de corrida da desenvolvedora. O jogo apresenta efeitos visuais impressionantes, incluindo batidas, efeitos de fumaça, luz e sombras.
Metro: Last Light Redux
Metro: Last Light aproveita o poder das GPUs modernas para trazer gráficos excelentes, texturas em alta definição e muita destruição com efeitos especiais incríveis. O game é construído com a engine 4A e também é compatível com o PhysX, da NVIDIA.
Tomb Raider
O reboot chegou com diversas novidades em relação aos games anteriores da série. O mundo aberto possui muitos lugares para serem explorados, e o título trabalha com texturas em alta definição e o recurso TressFX, que garante à protagonista do jogo cabelos incrivelmente detalhados.
3DMark
O 3D Mark é, talvez, o mais conhecido software de benchmark do mercado. No mundo todo, pessoas utilizam essa ferramenta para medir o desempenho de suas máquinas. A versão que usamos é dividida em três categorias, e cada uma delas apresenta um nível de complexidade diferente.
Vale a pena?
Durante os testes pudemos perceber que com a adição de apenas uma placa de vídeo, o desempenho aumenta bastante, chegando próximo dos 100% em alguns dos casos e um pouco menos em outros. Já com três placas de vídeo as coisas mudam um pouco de figura: é possível ter um aumento de desempenho, mas ele é bem inferior ao salto que obtivemos com a adição da segunda placa de vídeo.
Já com a quarta, o aumento é menor ainda, ficando em média apenas 10 a 20% maior que na configuração com três placas.
Além disso, a variação de desempenho entre as configurações também é diretamente proporcional à otimização do jogo testado. Como pudemos ver, em alguns casos os resultados mostram que quanto melhor for a programação, melhor será o escalonamento.
Ao testar esse PC pudemos ver de perto outra situação: quatro placas de vídeo trabalhando muito próximas umas das outras geram muito calor, e isso pode ocasionar problemas de mal funcionamento. Isso porque se uma placa de vídeo esquenta muito, ela tende a baixar o clock para preservar sua integridade.
Isso significa que placas de vídeo com coolers no estilo blower são mais eficientes que modelos com ventiladores em cima, simplesmente pelo fato de que o primeiro modelo citado joga o ar para fora do case, enquanto o segundo joga o ar quente para cima das outras placas de vídeo.
Sendo assim, antes de montar uma máquina como essas é preciso dimensionar muito bem o sistema e planejar tudo nos mínimos detalhes antes de comprar as peças. Afinal de contas, o investimento é alto.
Em termos de investimento para uma máquina para jogos, dificilmente recomendaríamos uma máquina como essa. Além de ter um custo mais que exagerado, o seu desempenho não justifica o preço.
O objetivo desse vídeo foi justamente mostrar como funcionaria um equipamento desses e também deixar claro que não é necessariamente porque um PC custa mais de trinta mil reais que ele vai ser sete vezes mais potente que uma máquina de cinco mil.
Podemos concluir que, se a sua intenção é ostentar, certamente vai impressionar com uma máquina dessas. Se você quer apenas uma máquina para rodar os jogos com qualidade, vai poder gastar muito menos dinheiro.
Vale lembrar que gravamos esse vídeo um dia antes do lançamento da GeForce GTX Titan X, ou seja, se você quiser montar um PC gamer ainda mais caro que esse, já pode fazer isso.
Agradecemos ao pessoal do TecLab e da TeraByte Shop pelo fornecimento das peças e pela viabilização dessa matéria.
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