A tal “guerra” entre os sistemas operacionais e seus critérios de segurança já renderam artigos, comparativos, fóruns e até mesmo brigas de verdade – para os mais esquentadinhos. É “Macs não pegam vírus” para cá, “A segurança do Windows é melhor” para lá e “O Linux é mais seguro” acolá.
Tudo isso pode acabar com a paciência de qualquer pessoa. Então por que não criar algo que seja independente do sistema operacional e ainda assim mantenha um bom nível de segurança?
Foi pensando nisso que a Kaspersky, empresa desenvolvedora de antivírus e soluções de segurança para computadores, registrou uma patente de hardware especializado no combate às pragas virtuais.
A grande jogada está no fato de essa peça não depender diretamente do sistema operacional que é rodado naquela máquina em especifico. Assim, não interessa se é um computador que use o OS X, Windows ou Linux.
Trata-se de uma unidade física, ou seja, um disco, bloqueado para escrita que fica encarregado de cuidar do seu computador de maneira eficaz – já que não depende do sistema operacional. Desse modo, não há influência das “fraquezas” que cada sistema possa ter. Imagine que essa unidade antivírus seja uma espécie de disco rígido especialista em cuidar da saúde de seu computador.
As vantagens não param por aí. De acordo com a Kaspersky, a tecnologia também impede que os rootkits e bootkits se aproximem do seu sistema. Ainda não se sabe ao certo se o disco deve ficar apenas dentro do computador ou pode funcionar como um tipo de complemento, aparecendo como um HD externo, por exemplo.
Mas, pelo que o anúncio da patente 7657941 diz, trata-se de um dispositivo interno para evitar problemas com falhas de sistemas operacionais e suas corrupções esporádicas. Afinal, um sistema sempre está sujeito a falhas e problemas. Com este tipo de antivírus, as chances de problemas assim acontecerem diminuem bastante.
Ainda assim, algumas dúvidas pairam sobre essa supernovidade do ramo da segurança digital. Como os antivírus precisam ser constantemente atualizados, é um pouco estranho pensar em uma plataforma física para ser atualizada com certa frequência.
Ao que parece, as atualizações devem ser feitas através de uma fonte confiável eleita pelo sistema do Kaspersky e, em seguida, enviadas para o local do disco aos quais elas pertencem. Contudo, há um momento em que esses dados ficam vulneráveis a um sistema. Por isso, é melhor aguardar mais informações para poder tirar conclusões mais fortes.
O anúncio feito pela Kaspersky não deixou claro qual seria o método de atualização dessa unidade de proteção do computador. Entretanto, outros detalhes ficam bastante evidentes no comunicado. Um deles é referente ao consumo de memória RAM, que é totalmente independente à memória do computador.
Outra boa notícia tem a ver com a CPU, que não será prejudicada de maneira alguma, já que a unidade de antivírus da Kaspersky possui seu próprio processador. Assim o seu computador não perde nada e ainda fica bem protegido.
Caso seja necessário, você ainda pode conectar uma fonte de energia secundária à sua unidade. Portanto, dizer que esse complemento vai consumir muitos recursos do computador já não é uma boa desculpa.
Depois disso, será que as tendências para produção de antivírus sofrerão mudanças radicais? O que você acha de um disco rígido capaz de proteger o computador como nenhum outro? É a sua vez de comentar o assunto!