Será que vale investir em um Intel Core i7?

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Você já deve ter ouvido falar no Intel Core i7, a nova família de processadores da Intel. Desde o seu lançamento, centenas de blogs e fóruns abriram espaço para debater sobre o assunto. Mas será que vale mesmo a pena investir nesta nova tecnologia da qual tanto se ouve falar?

Hoje o Baixaki irá mostrar as principais vantagens e também as desvantagens em investir nos novos processadores. Vamos lá então?!

Intel Core i7 é uma família de processadores para computadores desktop de 32 ou 64 bits. Além de serem os primeiros processadores para desktop a utilizar a arquitetura Nehalem, também são os substitutos oficiais dos Intel Core 2. Alguns especialistas do ramo comparam o lançamento do i7 com o do Pentium (lembra deles?), tamanho é o salto de tecnologia e avanços que ele traz.

Antes de qualquer coisa...

Antes de prosseguir com a leitura do artigo, é preciso que você entenda o significado de dois termos: “hyperthreading” e “memória cache”.

Apesar do tamanho da palavra assustar, o significado dela é bem simples. É chamada de hyperthreading a capacidade que um núcleo físico tem de simular dois núcleos lógicos. Assim, o sistema torna-se até 20% mais rápido quando diversos programas são executados ao mesmo tempo. A tecnologia foi criada pela própria Intel e os primeiros processadores a fazerem uso dela foram os famosos Pentium 4.

A chamada memória cache possui papel fundamental do desempenho do computador. Esta representa uma memória intermediária entre a memória RAM e o processador. É um tipo de memória extremamente rápida a qual armazena os dados usados com maior frequência pelo processador.  Dessa forma o acesso à memória RAM, muito mais lenta se comparada à cache, é feito com menor frequência, melhorando muito o desempenho da máquina.

Principais características do Core i7

  • O novo processador da Intel

    É um processador QuadCore, mas graças à tecnologia hyperthreading, ele tem a capacidade de simular até oito CPUs lógicos.
  • Ele utiliza um soquete para conectar-se na placa-mãe chamado LGA1366, o qual tem muito mais contatos do que aquele usado pelos Core2Duo e Core2Quad.

  • O chip responsável pela comunicação entre o processador e a memória RAM agora é “embutido” no próprio processador. Essa tecnologia foi chamada de QPI (QuickPath Interconnect). Assim, as placas-mãe para o Core i7 não possuem mais o famoso FSB (Front Side Bus).

  • Suporta apenas memória DDR3, sendo incompatível com a memória mais utilizada atualmente, as DDR2.

  • O Core i7 vem com uma espécie de “overclock” de fábrica. É o chamado “Turbo mode”, que aumenta a performance do processador quando um dos núcleos não está sendo usado.

  • Novas instruções para processamento multimídia foram adicionadas visando aumentar consideravelmente o desempenho do processador em jogos e programas que exijam muito processamento gráfico.

  • Cada núcleo do Core i7 conta com uma memória cache L1 de 64 KB e com uma L2 de 256 KB. Além disso, há também a memória L3, com 8 MB compartilhado entre os quatro núcleos.

Informações técnicas

A tabela abaixo mostra as principais informações técnicas dos modelos que o Core i7 possui. Assim fica mais fácil de você acompanhar.

As tecnologias por trás do i7

45 nanômetros

A família Core i7 possui a tecnologia de 45 nanômetros, o que permite a utilização de transistores microscópicos com paredes feitas de háfnio, um elemento químico semelhante ao zircônio. Os engenheiros da Intel descobriram que colocando háfnio nos chips de silício era possível produzir processadores menores, com maior eficiência no uso da energia e maior desempenho.

LGA1366

Quem quiser fazer o upgrade para o novo processador da Intel deve se preparar para investir uma boa grana. Além do processador, será preciso também comprar uma placa-mãe que seja compatível com o soquete LGA1366, usado pelo Core i7.

Além disso, se você ainda não utiliza memória DDR3 na máquina, o gasto será ainda maior, uma vez que a nova família de processadores da Intel suporta apenas memórias desse tipo.

O desempenho

O vídeo e os gráficos abaixo não nos deixam mentir. O desempenho de um Core i7 é superior ao dos demais processadores, na maioria dos casos.

Um diferencial do novo CPU é a capacidade que ele tem de detectar quantos núcleos não estão sendo usados e automaticamente “desligá-los”. Assim a energia é redirecionada para o núcleo “mais atarefado”, o que pode aumentar o desempenho de programas que utilizam apenas um core em sua execução, sem falar na economia de energia.

Os valores presentes nos gráficos são o tempo que cada um dos processadores levou para realizar uma tarefa definida pelos avaliadores. As tarefas que foram usadas e outros testes podem ser conferidos no site Tom´s Hardware, do qual foram extraídos os dados acima.

Afinal, vale a pena ou não?!

Decidir se vale a pena ou não migrar para o Core i7 depende única e exclusivamente do usuário. Se você utiliza o computador para atividades corriqueiras como ler email, acessar a Internet, redigir um texto, criar planilhas, etc., um Core2Duo ou mesmo um DualCore já dão conta do recado. Assim, não há necessidade de investir uma quantia grande de dinheiro em um computador do qual você não irá aproveitar todos os recursos oferecidos.

Agora, se você usa seu computador para edição de imagens e vídeos de alta definição ou é um gamer de plantão e seu computador não está mais dando conta do recado, aí pode ser que adquirir a nova tecnologia não seja uma ideia tão absurda assim. Isso vale também para aqueles usuários que estão sempre atrás do que há de melhor no mercado de processadores.

A escolha é sua!

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