As placas de vídeo aplicaram novos parâmetros de realismo ao mundo da informática, sendo responsáveis pela execução de aplicativos 3D. Esses aplicativos começaram com jogos, mas hoje editores de imagem e até sistemas operacionais exigem níveis cada vez maiores de processamento de vídeo.
Para começar a entender
O processamento gráfico em um computador envolve quatro componentes principais: uma placa-mãe, um processador, memória e um monitor. As imagens que você vê em um monitor são compostas por pixels. Uma placa gráfica é responsável por transformar os dados binários do processador em imagens que você pode identificar.
O trabalho em si de uma placa de processamento gráfico é complexo, mas os princípios e componentes dela não são difíceis de entender. Em resumo, um processador envia informações sobre a imagem que deve ser processada. Então a placa decide como usar os pixels na tela para representar esta imagem e envia essas informações através de um cabo.
Para isso, uma placa primeiro cria uma moldura de linhas retas. Então ela preenche os pixels remanescentes, adicionando luzes, texturas e cores. Para jogos que exigem alto poderio gráfico, o computador precisa fazer este procedimento cerca de 60 vezes por segundo. Sem uma placa específica para executar os cálculos necessários, um computador precisaria de muito trabalho.
Componentes básicos de uma placa
Uma placa de processamento gráfico é composta por cinco itens principais: processador, memória, ventilador e dissipador de calor, além de conexão com a placa-mãe.
Um processador de uma placa gráfica é semelhante a um processador normal de computador, porém desenvolvido especificamente para o processamento de imagens. Os processadores de uma placa de vídeo geralmente utilizam filtros para suavizar extremidades de objetos tridimensionais, além de filtros para aperfeiçoar detalhes das imagens.
Escolhendo o modelo ideal para você
Atualmente, ATI e nVidia dominam este mercado, e cada marca oferece placas com características próprias. Em geral, uma placa top de linha tem muita memória e processador muito rápido. Ela também é mais destacada visualmente do que qualquer componente interno de um computador. Muitos modelos de alta performance podem ser facilmente identificados por seus ventiladores e dissipadores bem destacados.
De fato, uma placa top de linha oferece mais possibilidades do que geralmente é necessário. Pessoas que apenas checam email, utilizam processadores de texto e navegam pela internet não precisam mais do que a placa integrada à placa-mãe (onboard).
Uma placa de médio poderio é suficiente para jogadores casuais. Quem realmente necessita de uma placa “porreta” são os jogadores aficionados e quem trabalha com processamento gráfico, que pode incluir editores de vídeo e imagem.
Descobrindo o poderio de uma placa
Um medidor geral adequado de uma placa é a taxa de quadros, (frame rate) determinada em quadros por segundo (frames per second, FPS). Esse número indica quantas imagens completas uma placa pode exibir por segundo. O olho humano pode processar cerca de 25 frames por segundo, mas jogos de ação rápida podem exigir um mínimo de até 60 FPS para fornecer animação e transição suaves.
A taxa de FPS é determinada por dois parâmetros básicos: triângulos ou vértices por segundo e taxa de preenchimento de pixels. Uma imagem tridimensional é feita de triângulos ou polígonos. A medida de triângulos ou vértices por segundo indica quão rápido uma placa pode calcular todo um polígono ou os vértices que o compõem. Já a taxa de preenchimento de pixel descreve quantos pixels a placa pode processar em um segundo, o que determina quão rápido a imagem pode ser composta.
Veja outras características que determinam a capacidade de uma placa gráfica: velocidade do processador (medida em MHz): este é o principal item que indica a capacidade de uma placa. É o principal componente na conversão dos dados binários em imagem.
Grande aliado do processador é a memória e todos os complementos. A taxa de memória (medida em MHz) dá suporte a todo esse processo. Essa memória tem uma banda (medida em GB/s) e é dividida em BUS (medido em bits) e memória disponível (medido em MB).
Claro que, quanto maior a capacidade de processamento de uma placa, mais calor ela produz. Logo, um cooler eficiente é extremamente necessário.
Dicas e outras informações
Usuários mais avançados podem combinar a capacidade da placa onboard com uma placa dedicada (ou seja, independente). Este processo se chama hibridismo e soma o desempenho de ambas as placas para gerar um desempenho ainda maior. Cada fabricante de placas tem tecnologias para estes procedimentos.
Outra técnica é alternar as placas. Para tarefas simples, você pode desativar sua placa dedicada e usar somente a placa onboard. Este procedimento economiza energia e diminui a geração de calor e emissão de ruídos.
Dependendo de suas necessidades, analise as saídas de vídeo que uma placa oferece. Ela pode variar entre VGA (a mais comum e básica), DVI (saída digital), HDMI (saída digital em alta definição) e S-Vídeo (super vídeo).
Na hora de adquirir uma placa, procure o equilíbrio entre todas essas características. Não é adequado observar um item isoladamente e ignorar outros. Também leve em consideração a capacidade do seu processador. Não adianta ter uma placa “porreta” com um processador meia-boca.
Para tarefas multimídia, como edição de vídeo, uma placa média deve dar conta do recado. Atualmente, os modelos ATI Radeon HD 3450 ou nVidia Geforce 8600 são bem indicados para isso. Agora, para aficionados por jogos pesados, é necessário um modelo mais pesado. Pesquise as linhas Top da ATI ou nVidia. Essas linhas incluem os modelos Radeon HD3800 ou GeForce 8800. Fique de olho também na Série 9 da nVidia.
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